Como é feita a vacina contra a COVID-19?

Boa noite,

O artigo de hoje feito pelo Miguel Tavares traz-nos uma visão sobre os progressos feitos na vacina da COVID-19 e como esta será desenvolvida. Esperemos que gostem!

Como é feita a vacina para o coronavírus?

Foto: VEJA

Nos dias atuais, muito se tem falado acerca do novo coronavírus. Este é o tema das conversas durante o dia todo e parece não haver mais assunto para além deste! Devido a esta pandemia a sociedade foi privada de muitas coisas e anseia pela chegada de um milagre que lhes consiga devolver tudo aquilo de que agora ficaram impedidas. A este milagre damos o nome de vacina.

Muitos têm perguntado “E quando chega a vacina?”,”Conseguirá a vacina eliminar o vírus da nossa sociedade?”, “A vacina cura todos os infetados?”, etc... Esta e muitas outras questões têm ocupado a nossa mente nos últimos dias, e por isso este vai ser o assunto do artigo de hoje. 

O que é uma vacina?

Uma vacina, não é mais, do que uma substância composta por antigénios (vírus ou bactérias), que são colocadas no organismo de um determinado indivíduo, cujo objetivo é estimular o sistema imunitário contra esse mesmo vírus.

Quanto tempo demora a desenvolver uma vacina?

O desenvolvimento de uma nova vacina, pode demorar entre 10 a 15 anos.

Quando chegará a vacina contra a Covid-19?

Não se sabe ao certo, quando será desenvolvida a vacina contra o novo coronavírus, porém, estima-se que possa demorar entre 12 a 18 meses para ser comercializada. 

Porque demora esta vacina menos tempo a desenvolver?

Estima-se que a vacina contra a Covid-19 demore menos tempo a ser desenvolvida, uma vez que, este coronavírus é muito parecido ao da SARS, uma epidemia global que começou em 2002. Desta forma, o estudo da vacina contra a SARS, poderá ter sido importante para o desenvolvimento de uma nova vacina contra o novo coronavírus. 

Quantas Vacinas existem contra a Covid-19?

Até ao dia 10 de Abril, existiam cerca de 115 vacinas, 78 delas ativas, 37 não reconhecidas e cerca de 5 em ensaios clinícos.

Já houve vacinas testadas em Humanos?

Sim, a primeira vacina contra a Covid-19 testada em seres humanos, ocorreu no dia 16 de Março de 2020, nos Estados Unidos.

Quais os métodos utilizados para a produção de anticorpos para o Covid-19?

Nos últimos tempos, têm sido testadas várias vacinas para a produção de anticorpos, entre elas vacinas com vírus, vacinas com proténas de espícula e vacinas contendo material genético viral.

Quais as diferenças entre estes três tipos de vacinas?

·      Vacinas com vírus:

Esta é certamente o tipo de vacina mais conhecido que consiste, essencialmente em criar uma vacina composta pelo vírus que se quer combater. Uma das grandes vantagens deste tipo de vacina, é o facto de conseguir criar uma imunidade muito duradoura, no entanto necessita de ser exposta a testes muito extensos e rigorosos de forma a garantir a sua segurança.

·      Vacinas com proteínas de espícula:

O outro tipo de vacinas é feito apenas com recurso a antigénios, única parte do vírus reconhecida pelo sistema imunitário. O seu funcionamento consiste em neutralizar as proteínas da espícula, proteínas estas que permitem que o SARS-CoV-2 entre nas células humanas. Esta vacina apresenta algumas vantagens relativamente à primeira, uma vez que apresenta menos efeitos secundários.

·      Vacinas com material genético:

Foto: Getty Images

O último tipo de vacinas hoje apresentado são feitas através de material genético, cujo ADN contêm informação suficiente para a produção da proteína do vírus. Ao penetrar no interior das células humanas conduz à formação de antigénios, que mais tarde serão reconhecidas pelo nosso sistema imunitário. Esta vacina têm um método de produção mais rápido e barato relativamente às anteriores, sendo também ela muito mais segura. 

O que concluimos? 

Como observamos, a vacina contra a Covid-19 ainda vai demorar bastante tempo até que seja comercializada. Adivinham-se tempos muito difíceis, mas todos teremos de cooperar. Até lá, a melhor maneira de combatermos esta terrível pandemia passa por ficarmos em casa, mantendo o isolamento social e cooperando com as ordens governamentais. 

Muito obrigado,

Miguel Tavares