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domingo, 31 de maio de 2020

Fez-se história! Missão da SpaceX acopola com sucesso na Estação Espacial Internacional

Foi concluída a histórica missão da SpaceX com dois astronautas da NASA a bordo. Apesar da longa espera devido à incerteza por causa das condições meteorológicas, Bob Behnken e Doug Hurley acoplaram com sucesso na Estação Espacial Internacional (EEI).


Programa


O foguetão Falcon 9 descolou da base do Cabo Canaveral, na Flórida, por volta das 20:23 hora portuguesa. Carregou a cápsula Crew Dragon com dois astronautas experientes em missões em shuttles espaciais,
O lançamento aconteceu a partir da plataforma 39A, esta que foi usada no lançamento da Saturn V, que levou o homem à Lua na missão Apollo.

        


A duração da missão não foi divulgada, porém os astronautas deverão ficar a bordo da EEI de 30 a 120 dias, com o regresso máximo previsto para 23 de setembro de 2020.
A Crew Dragon pode ficar até 190 dias no espaço, esta limitação deve-se à degradação natural dos painéis solares que fornecem energia elétrica à cápsula.
Com a chegada da Crew Dragon à EEI, a estação passará a contar com 5 tripulantes a bordo - 3 americanos (Behnken, Hurley e Chris Cassidy) e 2 russos (Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner).



A cápsula acoplou às 15h19, hora de Portugal Continental, um pouco antes da hora prevista, enquanto sobrevoava a Mongólia e o noroeste chinês.
"É uma honra fazer parte deste esforço. Temos de dar os parabéns aos homens e mulheres da SpaceX em Hawthorne, California e no Centro Espacial Kennedy, Houston. Os esforços deles nos últimos anos não podem ficar por dizer. Gostava de agradecer o trabalho incrível de toda a gente da NASA. São tempos incríveis para se estar na NASA. Continuem as missões de baixa órbita terrestre e daqui irmos para a Lua e Marte",  disse Bob Behnken, piloto da Dragon aquando da acopolagem.



Importância para os Estados Unidos


Esta é a primeira vez desde 2011, quando o shuttle Atlantis fez a sua última viagem, que os Estados Unidos enviam humanos ao espaço, a partir de solo norte-americano.
Desde 2011, todas as missões tripuladas à EEI foram lançadas através da base espacial de Baikonur, utilizando foguetões e cápsulas russas. Cada lugar nas cápsulas russas tem um custo de 85 milhões de dólares, pelo que a NASA também se comprometeu em transportar 800 Kg de carga russa nas próximas missões norte-americanas à EEI.
Além disto, a SpaceX tornou-se na primeira empresa privada a viajar até ao laboratório espacial. Este será um sinal importante que poderá solidificar o papel do investimento privado, assim como expandir os horizontes, como é exemplo, o regresso à Lua e o turismo espacial.




Num próximo artigo trarei ao detalhe o plano da SpaceX quanto às viagens à Lua e Marte bem como Elon Musk quer remodelar a forma como vivemos através dos seus outros projetos.

Fiquem seguros
Obrigado e até breve,

Daniel Branco

sábado, 30 de maio de 2020

O poder da social media

Boa noite, apesar de vivermos numa época em que as redes sociais são fundamentais ao nosso bem estar, é essencial relembrarmos que estas se traduzem numa forma de deformar a realidade social. Como tal, hoje trago-vos um video que ilustra este tema.




Obrigado e boa noite,
Rodrigo Santos

sexta-feira, 29 de maio de 2020

O fim da social media como a conhecemos?

Donald Trump não manifesta intenções de atenuar a luta contra as redes sociais. Na sequência de assistir à veracidade dos seus tweets ser aferida e fiscalizada pelo Twitter, Trump pretende agora assinar uma ordem executiva com vista à regulação de plataformas digitais como o Facebook e o Twitter.


A ordem executiva ainda não foi tornada pública. Não obstante, parece ter sido publicada uma versão prévia por Kate Klonick uma professora da Faculdade de Direito da Universidade de St. John.
A ordem executiva a ser assinada pelo Presidente dos EUA desencadeará a intervenção da Comissão Federal de Comunicações na aferição dos regulamentos que protegem as redes sociais de não serem sujeitas a responsabilização pelo conteúdo publicado pelos utilizadores. Por outras palavras, significa que se as redes sociais procederem à modificação das publicações em questão, serão responsabilizadas pelo seu conteúdo.
A tendência, será, por inerência, um aumento exponencial da carga burocrática judicial no que concerne às grandes plataformas da social media.


“Dezenas de milhares de americanos reportaram que, entre outros comportamentos preocupantes, as plataformas online estão a assinalar conteúdo como inapropriado, mesmo que não viole nenhum termo do serviço; fazem mudanças não anunciadas e sem serem explicadas a políticas que possam desfavorecer certos pontos de vista; e apagam conteúdo e contas inteiras sem aviso, sem lógica e sem recurso”, aponta esta versão da ordem executiva a que Kate Klonick acedeu.

Obrigado,
Miguel Carvalho

quinta-feira, 28 de maio de 2020

A proposta da Comissão Europeia para o Fundo de Recuperação ao detalhe

Com a previsão de uma recessão de 7.5% a 11% no PIB à escala comunitária, os efeitos económicos desta pandemia são obviamente devastadores.
Ontem, quarta-feira, a Comissão Europeia, pela voz da sua presidente, Ursula von der Layen, apresentou o pacote de medidas para o próximo Quadro Financeiro Plurianunal (QFP) 2021-2027. 




Como é constituído o pacote? 


Apelidada como "Poder de fogo" pela presidente da Comissão Europeia, o pacote de 2.4 biliões de euros (2.400.000.000.000) divide-se em três partes:
  • O acordo já estipulado no QFP que ia entrar em funcionamento a janeiro de 2021- 1.1 biliões de euros 
  • Fundo de Recuperação Europeu - 750 mil milhões
Daqui são 500 mil milhões de subvenções e 250 mil milhões de empréstimos, este que serão gastos até 2024
  • Ajuda de curto prazo - 540 mil milhões
Divide-se nas linhas do Mecanismo Europeu de Estabilidade, no programa ide apoio ao emprego da comissão e nas linhas de crédito do Banco Europeu de Investimento.

A resposta direta à pandemia tem um valor de 1.29 biliões de euros

Como será distribuido o dinheiro? 


Os países e setores mais afetados pelo impacto económico serão os que vão receber mais, analisando-se claro a sua grandeza em termos proporcionais. Haverá um grupo de trabalho que decidirá a questão da distribuição do dinheiro, sedo depois disponibilizada ajuda técnica aos países para assegurar que os fundos são utilizados da melhor forma possível.
Segundo informação que circula, Itália e Espanha serão os principais beneficiários, sendo os países mais afetados por esta pandemia. Portugal deverá receber cerca de 26.3 mil milhões de euros, destes, 15.5 mil milhões em subvenções e os restantes 10.8 mil milhões de euros em empréstimos. São cerca de 13% do PIB português e 3.5% do total do valor do fundo de recuperação.


Quem pagará a dívida dos 750 mil milhões de euros? 


A presidente da Comissão prefere que seja através da criação de recursos próprios da UE, como por exemplo o imposto sobre as gigantes tecnológicas ou sobre as emissões de dióxido de carbono, que pela previsão feita podem permitir receitas suficientes para que o orçamento comunitário pague a dívida ao longo das décadas.
Numa outra hipótese, dependendo da evolução do RNB ao longos dos próximos anos, pode ser pedido o aumento da contribuição aos Estados Membros.

Poderá ser pedido um adiantamento do Fundo de Recuperação? 


Os Estados-Membros poderão já, neste ano de 2020, recorrer às ajudas previstas no pacote de curto prazo. Porém, a Comissão Europeia quer adiantar algum capital proveniente ainda do QFP 2014-2020, de modo a que estejam disponíveis 11.5 milhões de euros ainda este ano.
A Comissão pede ao Conselho Europeu que seja célere a chegar a um acordo de forma a que o novo QFP esteja disponível a 1 de janeiro de 2021 e não seja adiado.

Impacto nas economias dos Estados-Membros


Os países com um PIB per capita abaixo da média europeia e uma divida pública elevada, como é o caso de Portugal, terão um impulso de 4,25%.
Este impulso durará até 2024, basicamente o nível do PIB português estará em 4,25% acima do normal, sem os fundos europeus.
Os países com mais poderio económico terão um impulso em cerca de 1%.



Impacto na dívida pública 


Os investimento realizado através destes fundos vai levar a uma redução do peso do endividamento do Estado, de notar ainda que não terá um efeito da rubrica da despesa, quando falamos em subvenções de fundo perdido.

O que se conclui?
É hora de a União Europeia se unir e demonstrar a sua força para ultrapassar este período da melhor forma. Este é uma proposta inovadora e muito positiva e que trará esperança aos mercados financeiros. Obviamente que a ajuda não será uniforme, haverão sempre países que receberão mais e menos, mas a forma como aplicamos o dinheiro que vamos receber é que será importante e temos que confiar que os nossos representantes políticos o farão.

Fiquem seguros 
Obrigado e até breve,

Daniel Branco


quarta-feira, 27 de maio de 2020

O futuro do cinema pós COVID-19

Nos últimos tempos, muitos são os setores que têm vindo a ser afetados por esta pandemia, entre eles a indústria do cinema.
Com grande parte das estreias adiadas e mais de metade das salas de cinema fechadas, um pouco por todo o mundo, a indústria cinematográfica vive um dos seus piores momentos, com prejuízos ainda incalculáveis. Perante isto, o mundo do audiovisual, irá sofrer grandes alterações nos próximos tempos, podendo levar ao encerramento de uma grande percentagem de salas de cinema.
No entanto, os filmes não irão acabar, surgindo nos próximos tempos novas alternativas para a visualição de filmes, que identificaremos em seguida.


Netflix 


Se até aqui, esta já era um dos melhores locais para assistir a filmes e séries, nos próximos tempos tornar-se-á, certamente, o local de preferência para os amantes do grande ecrâ. 
Com custos muito mais acessíveis para a grande maioria da população e sem se precisar de sair do sofá, esta será uma das grandes alternativas às idas ao cinema.




Diminuição da janela de exibição


Derivado a esta pandemia, grande parte das produtoras de filmes diminuíram a sua chamada janela de exibição, este que consiste no período compreendido entre o filme estar em cartaz e ser disponibilizado na Internet para streaming, bem como para os canais que quiserem adquiri-lo para passar na TV.
Nos últimos tempos, esta situação já era recorrente com alguns filmes, nomeadamente com O Irlandês, que em alguns países, nunca chegou passar pelo grande ecrã. Esta situação tornar-se-á, cada vez mais usual, nos tempos futuros, em consequência da diminuição do número de espetadores nas salas de cinema.


Foto: Filme "O Irlandês"

O que se conclui?


Para terminar o artigo de hoje, conclui-se que a passagem desta pandemia irá afetar severamente a indústria cinematográfica, podendo levar inclusive ao encerramento de grande parte das salas de cinema. No entanto, em detrimento desta situação, irão surgir no futuro, novas formas alternativas que permitirão ligar de novo o cinema às pessoas, o que passará por uma aposta cada vez maior em conteúdos de streaming.

terça-feira, 26 de maio de 2020

A ilusão dos direitos humanos

Hoje em dia decidimos tomar os nossos direitos garantidos. Estes são perspetivados por diversas entidades entre as quais se destacam as religiões. Trago-vos, hoje, um video que vos tentará dissuadir deste preconceito de modo a que compreendam que não existe um referencial que defina a ética senão os relativos que mudam de sociedade para sociedade.




Obrigado,
Rodrigo Santos

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Estará o coronavírus a desaparecer com uma celeridade e rapidez não previstas?

Os números do novo coronavírus, em alguns países, evidenciam um progressivo abrandamento ao nível de contágios. Exemplo paradigmático disso é o de Portugal. Não obstante, os números revelam que só uma política de contenção prolongada desencadeará, paulatinamente, o fim do contágio. Para lograr este objetivo é necessária uma vacina ou então a tão falada imunidade de grupo.



Segundo assevera a Universidade de Oxford, o novo coronavírus está a ser mitigado, a um ritmo substancialmente elevado. Porventura, demasiado célere para se alcançar uma vacina.
As afirmações poderão deixar-nos atónitos atendendo aos números à escala mundial. Sem embargo, as investigações da Universidade de Oxford só registam 50% de probabilidade de sucesso no que concerne à criação de vacina. Surpreendido? 
Voltando um pouco atrás no tempo, era nesta vacina, testada em humanos, que estava congregada muita da confiança na erradicação da COVID-19.

Segundo advoga o líder do projeto de investigação britânico, Adrian Hill, este facto constitui uma “situação bizarra, porquanto o vírus está a desaparecer demasiado rápido”.
Em declarações feitas ao The Telegraph, Adrian Hill colocou a tónica em dar um alerta a todos nós. Um alerta para que não ficcionemos expectativas exageradamente elevadas relativamente à criação hipotética de uma vacina - 50% de sucesso / 50% de insucesso.



Ainda segundo o investigador, o número de novos casos de infetados no Reino Unido está a decrescer demasiado rápido. Adrian Hill revela ainda que a equipa de investigadores está a correr uma “corrida contra o desaparecimento do vírus”. O problema é que, a manter-se este ritmo de contágio cada vez menor, será lícito considerar que no futuro não existam pessoas suficientes para poder testar a vacina ChAdOx1nCov-19 (lê-se Chaddox One), revela o Observador.

Neste âmbito, cumpre recordar, na matéria em apreço, que esta equipa de investigação também mencionou a uma probabilidade de 80% de produzir uma vacina eficaz até setembro deste ano. No entanto, o vírus está a desaparecer, algo que condiciona, naturalmente, as investigações. Caso não se constate uma circulação do vírus suficientemente prevalente e profusa, será, por inerência, difícil aferir a proficiência de qualquer vacina.

Obrigado,
Miguel Carvalho

domingo, 24 de maio de 2020

Homenagem às vítimas da COVID-19 na capa do The New York Times

No jornal impresso deste domingo, o The New York Times dedica a primeira página a mil vítimas provocadas pela COVID-19, estas que são 1% do número total de mortes registadas nos Estados Unidos.



Desta forma pretende fazer uma homenagem às vítimas da maior catástrofe desde a II Guerra Mundial. 
A capa na totalidade pode ser vista clicando aqui.
"Eles não eram apenas uma lista, eram parte de nós", diz a capa. 

Algumas das vítimas: 
Lila A. Fenwick, 87 anos, de Nova Iorque, a primeira mulher negra a formar-se na Universidade de Direito de Harvard; 
Jordan Driver Haynes, 27 anos, de Ceder Rapids, um jovem generoso com um sorriso encantador;
Alan Lund, 81 anos, de Washington, um maestro com o ouvido mais maravilhoso
Romi Cohn, 91 anos, de Nova Iorque, que salvou 56 famílias judias da Gestapo.

"Queria algo que as pessoas pudessem reler daqui a 100 anos para entender o peso que estamos a passar", diz Marc Lacey, chefe da redação do jornal para ajudar a entender o porquê desta edição especial do jornal.

Esteve fora de questão a utilização de apenas números ou símbolos para representar as vítimas. "Não nos diz grande coisa sobre quem eram estas pessoas e as vidas que viveram", defende Simone Landon, editora do NY Times.
Teve a ideia de recolher notícias de jornais de todo o país de forma a criar uma base de dados com informações que fossem públicas sobre as pessoas que perderam a vida.
O objetivo foi retirar das notícias, o nome, a idade, de onde eram e uma frase característica de cada uma.

Nos dados mais recentes, o novo coronavírus infetou mais de 5,4 milhões de pessoas, destas 344 mil perderam a vida.
Só nos Estados Unidos, foram registados quase 1,7 milhões de infetados onde quase 99 mil pessoas perderam a vida. 


O que se conclui?


Conclui-se que temos de olhar para estes números e continuarmos a fazer a nossa parte. Este vírus ainda não desapareceu, está entre nós e, dando o exemplo de Portugal, apesar de o número de novos infetados diários estar, nos últimos dias, numa média de 200 não se justifica a corrida às praias que temos observado nos últimos dias. 
Arriscamo-nos a enfrentar um segundo grande surto e a prolongar esta situação por mais alguns meses.


Foto: MEO BEACHCAM
Praia da Cabana do Pescador, Costa da Caparica
Fiquem seguros
Obrigado e até breve,

Daniel Branco

sábado, 23 de maio de 2020

Vacina chinesa testada em Humanos apresenta resultados positivos

Nos últimos tempos, a humanidade tem passado por momentos bastante maus, com um futuro praticamente incerto, devido à propagação de uma nova pandemia. No entanto, ao fim de cerca de cinco meses após o primeiro sinal de alerta deste surto, a humanidade prepara-se para assistir à chegada de uma possível solução para o controlo desta epidemia, através da descoberta de uma vacina.
O primeiro ensaio clinico de uma vacina, testada em humanos, contra a COVID-19, apresentou resultados positivos, o que dá grande esperança à comunidade científica. Segundo o Instituto de Biotecnologia de Pequim, esta vacina é “segura” e “tolerável”, sendo capaz de gerar uma resposta imunitária contra o novo coronavírus.
Para a obtenção destes resultados, foi necessário submeter 108 adultos saudáveis a testes, durante cerca de 28 dias. Após este período, comprovou-se que esta vacina foi capaz de produzir anticorpos e uma resposta das células T (células imunitárias responsáveis pela defesa do organismo) contra este vírus.



Os resultados desta vacina, dão um passo bastante importante para o controlo desta pandemia, uma vez que esta consegue produzir anticorpos e uma resposta das células T, em apenas 14 dias. No entanto, os investigadores, pedem alguma cautela, uma vez que os resultados deste ensaio só serão revelados dentro de seis meses e após este período irá ser necessário ainda a realização de mais testes. 
Segundo os especialistas, apesar de se ter dado um passo fulcral, ainda estamos longe de obter uma vacina eficaz e disponível para todos. 

O que se conclui?


Para terminar o artigo de hoje, conclui-se que os resultados acerca desta vacina poderão ter sido cruciais para o desenvolvimento de uma solução capaz de gerar uma resposta imunitária do nosso organismo contra a COVID-19, podendo ter sido este um passo importante de forma a se obter o controlo desta pandemia no futuro.

Obrigado,
Miguel Tavares

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Um novo olho artificial poderá vir a superar a capacidade visual humana

Atualmente, não é possível reconstruir totalmente um ser-vivo. No entanto, com o desenvolvimento da tecnologia, o ser humano tem desenvolvido diversos componentes que substituem partes do corpo humano. Entre estas, destacam-se as próteses mecânica que têm permitido manter a população com mobilidade reduzida minimamente ativa. Pode-se então aferir que o Homem está a estabelecer uma certa simbiose com a tecnologia a todos os níveis.


Este desenvolvimento crescente levou uma comunidade científica à descoberta de um olho biónico que poderá revolucionar a indústria contra intuitiva da saúde.

Em primeiro lugar é necessário referir que o ser humano deve a sua visão a um conjunto de células localizadas na retina que recebem a luz vinda do exterior. Em ordem a sintetizar este processo, um conjunto de cientistas recorreram a uma membrana de óxido de alumínio e fixaram um conjunto de nano sensores de luz nessa área. Estes sensores são conectados por meio de fios (de espessura similar a nervos cerebrais), que leva a informação recebida a um interpretador. 
Este olho biónico supera o humano em diversos aspetos tais como o facto de ser capaz de detetar mudanças de luz com velocidade bastante superior a um olho humano. Para além disso em teoria este olho biónico terá uma resolução superior ao olho humano já que a retina artificial é capaz de conter 460 milhões de sensores de luz por centímetro. Já o olho humano tem cerca de 10 milhões de sensores luminosos por centímetro.

Em segundo lugar é necessário compreender que a estrutura deste possível substituto ao olho humano. O mesmo terá uma estrutura similar ao nosso globo ocular. Contudo, no fundo deste olho, estarão presentes milhões de sensores sintéticos que reencaminharão a informação até nano fios que estarão conectados a cada sensor, através de um campo magnético gerado.


No entanto, o grande obstáculo que se opõe a esta tecnologia inovadora assenta na manufaturação destes, na medida em que a conexão de milhares de fios aos sensores assenta num processo cirúrgico, mas possível. Porém a conexão de milhoes torna-se impraticável.
Conclui-se assim que o Homem aproxima-se cada vez mais de uma era onde a tecnologia e o ser humano serão um só.

Obrigado,
Rodrigo Santos

quinta-feira, 21 de maio de 2020

NASA - Terá sido provada a existência de um universo paralelo?

Terá sido provada a existência de um universo paralelo?
Líder da equipa diz ter encontrado sinais de que foi criado outro universo durante o Big Bang.

Um grupo de investigadores apoiados pela NASA acredita ter encontrado provas da existência de um universo paralelo onde o tempo decorre ao contrário do nosso, pode ler-se na New Scientist.
O grupo em questão dispôs de um financiamento de 35 milhões de dólares (32 milhões de euros) e acesso ao Antarctic Impulsive Transient Antenna (ANITA) para proceder ao estudo de “partículas fantasmagóricas que preenchem o Universo”. A investigação consubstanciou-se com o recurso a um balão que, sobrevoando a Antártida, analisou as partículas vindas do Espaço.


Depois de dois voos com este balão concretizados ao longo de dois anos, a equipa obteve apenas ruídos de fundo mas, depois do terceiro voo, os investigadores descobriram algo promissor. Ao que parece, os ruídos tinham origem na Terra, com as partículas a sugerirem que viajaram atrás no tempo.
Um dos investigadores responsáveis pelo projeto, Peter Gorham, acredita que estas são provas que ajudam a comprovar a existência de um universo paralelo, o qual criado ao mesmo tempo do nosso durante o Big Bang.



Obrigado,
Miguel Carvalho

quarta-feira, 20 de maio de 2020

De doentes assintomáticos até à morte, os diferentes efeitos da COVID-19

No artigo de hoje falo do que pode estar a causar uma resposta diferente do sistema imunitário à COVID-19 quando falamos de doentes sem qualquer sintoma e doentes que têm complicações, muitas que levando à própria morte.
O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) decidiu aliar-se ao grupo nacional de diagnóstico para a infeção pela COVID-19. Este tem sido uma grande ajuda para o controlo da pandemia em Portugal, nascendo de uma iniciativa da comunidade científica portuguesa, que desenvolve novas ideias de trabalho em busca de respostas sobre este vírus mortal.


Foto: Fundação Calouste Gulbenkian

"Os testes de diagnóstico continuam, fazendo cerca de algumas centenas diariamente, mas a investigação evoluiu para um ponto de vista mais científico" - Carlos Gonçalves, líder do grupo de investigação sobre genética de doenças do IGC
Acrescenta "Queremos saber quais são os fatores genéticos que conduzem a uma doença mais severa ou, por outro lado, assintomática, basicamente a resposta do sistema imunológico de diferentes pessoas".
Esta é uma oportunidade de desenvolver estudos neste campo de forma a abrir caminho a terapias inovadores para os diferentes grupos de doentes.
É possível que daqui a alguns meses haja respostas para algumas destas questões, no entanto, numa fase ainda precoce do tratamento de resultados.


Avaliar os profissionais de saúde 


Após o começo dos testes no IGC, uma das questões primordiais para o estudo das especificidades do novo coronavírus é a possibilidade de acompanhamento dos profissionais de saúde na linha da frente. Surgindo a possibilidade de testar de formar sistemática todo o universo hospitalar.
Foram feita parcerias com os hospitais Amadora-Sintra e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (hospitais Egas Moniz, Santa Cruz e São Francisco Xavier).
Esta monitorização é importante, na medida em que contribui para os estudos em questão, bem como para a constante segurança destas equipas de trabalho.

Com este estudo aos profissionais de saúde querem perceber se existe uma taxa de infeção muito mais elevada do que o resto da população, por estarem em contacto com indivíduos infetados e também será feita um levantamento da imunidade, se, em caso de anterior infeção, se o indivíduo conseguiu produzir os anticorpos necessários à eliminação e proteção do vírus.


Vulnerabilidade no ADN 


Cerca de 95% da população infetada, tem apenas sintomas ligeiros, ou é assintomática, porém não existe uma explicação linear para este facto. 5 a 10% dos infetados desenvolvem patologias graves que necessitam de intervenção em meio hospitalar, com recurso a ventilador, sendo que uma parte desta chega mesmo a morrer.
Claro que a maioria são pessoas com mais de 70 anos, com patologias associadas e pessoas de faixa etárias inferiores, porém associadas a doenças crónicas, como a diabetes e problemas cardiovasculares e respiratórios.
E, agora, o caso de pessoas muitos mais jovens e sem problemas de saúde associados que são gravemente afetada com este coronavírus, sendo que a maioria não é tanto pela infeção em si, mas pela resposta do seu sistema imunitário que danifica o organismo e pode levar à morte.
Este será o principal campo de estudo desta equipa de trabalho, que ainda não tem uma explicação categórica para o que acontece. 

"Estas vulnerabilidades, que estão nos genes de cada pessoa, só se manifestam nestes períodos, quando o organismo é posto à prova contra um agente infeccioso novo" - Carlos Gonçalves 

"Temos variações genéticas que estão na base destas diferenças e é isso que queremos estudar" afirma Jocelyne Demengeot, virologista do IGC

Foto: Gerardo Santos/Global Imagens

Processo infeccioso 


Coronavírus utiliza uma proteína chamada S como chave para entrar nas células humanas e aí iniciar o processo de infeção. Depois, a proteína liga-se a recetores que existem nas células, chamados de ACE2, abrindo assim a porta celular ao vírus.
O sistema imunitário reconhecendo a presença de agentes nocivos começa a trabalhar, utilizando outras células para o fazer. Estes processo são reguladores por genes, que não está todos identificados.

"Vamos estudar os genes que regulas os recetores ACE2 e os que codificam a resposta imunológica de forma a identificar as variantes genéticas que possam estar associadas a uma maior e menor suscetibilidade à doença."




O interferão é um mecanismo que a equipa quer estudar em melhor detalhe. É uma resposta inata, regulada geneticamente e é produzido pelas células quando elas são infetadas por um vírus com via a atrasar o seu processo de infeção.

Aquando das eqipdemias anteriores de coronavírus, a SARS e MERS, observou-se igualmente respostas severas do sistema imunitário. Os estudos feitos na altura, indicaram que, porém, o interferão não era decisivo neste processo, acabando por não se chegar a nenhuma conclusão devido ao controlo das epidemias e consequente corte dos fundos para a investigação destas.


Angariação de fundos 


Apesar de ser apoiada pela Fundação Gulbenkian, este processo é custoso também em termos financeiros, por isso já existe uma campanha de angariação de fundos para reforçar o projeto de avaliação dos profissionais de saúde para a COVID-19.

Fiquem seguros
Obrigado pela atenção e até breve,

Daniel Branco

terça-feira, 19 de maio de 2020

Coronavírus poderá estar a perder alguma força

Nos últimos dias, com grande parte da população mundial confinada em suas casas, poucas têm sido as boas notícias, acerca desta terrível pandemia. No entanto, perante este desastre global, nos últimos tempos, surgiu um importante estudo, que indica que o pior já terá passado, uma vez que o vírus, poderá estar a perder alguma da sua força.

Segundo um estudo realizado pela Universidade do Arizona, nos EUA, o vírus terá sofrido, nestes último tempos, uma nova mutação, que apresenta grandes semelhanças com a SARS-COV-1, no final do surto desta. Esta é uma boa notícia, já que esta última mutação ocorrida, em 2003, permitiu o enfraquecimento do vírus, levando meses mais tarde à sua extinção.

Este estudo, envolveu mais de 382 amostras de zaragatoa nasal extraídos de alguns doentes infetados com o novo coronavírus. Contudo, só uma das amostras revelou a falta de um segmento genético importante, o que leva a muitas dúvidas. No entanto, muitos especialistas acreditam que este pode ser um indício forte para a possível extinção deste vírus, tal como aconteceu em 2003.



Para a realização desta investigação, foram utilizadas algumas tecnologias de sequenciação, que permitem aos cientistas perceber melhor a forma, de como este  vírus se espalha e evolui ao longo do tempo. Nos resultados desta análise observou-se que existiu apenas uma perda de 81 fragmentos dos trinta mil que fazem parte do código genético do novo coronavírus. No entanto, alguns especialistas afirmam que esta mutação eliminou alguns dos fragmentos mais importantes e virais, o que faz com que com que a infeção se tenha tornado significativamente mais fraca.


O que concluimos?


Para terminar o artigo de hoje, concluimos que ainda é bastante cedo para termos a certeza absoluta de que este terrível vírus possa estar a vir a perder força e a caminhar para uma eventual extinção. Derivado a isso é importante que todos continuemos a adotar todas as precauções de modo a evitar que o mesmo volte a atingir proporções incontroláveis. 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Facebook planeia construção de uma rede de internet em torno do continente africano

A empresa multinacional começou a reunir-se com diversas empresas de telecomunicações para construir um tubo submarino que atravessará toda a fronteira entre Africa e o oceano. Este projeto intitula-se de 2Africa e tem o intuito de melhorar a qualidade de internet de zonas mais isoladas.

Em 2014 Mark Zuckerberg ponderara, através da compra de milhares de drones movidos a energia solar, fazer chegar a internet às zonas mais “offline”. 
Contudo, passados seis anos, os recursos e a tecnologia disponível desenvolveram-se, tornando possível este projeto.


A empresa multimilionária de redes sociais encontra-se em parceria com diversas companhias de telecomunicações tais como China Mobile, MTN GlobalConnect, Orange, STC, Telecom, Egypt, Vodafone e WIOCC. É fundamental salientar que este cabo irá atravessar a costa marítima de África, interligando-a ao medio oriente e Europa. Prevê-se que este projeto terá um comprimento que se aproxima do perímetro Terrestre e irá tornar a capacidade de internet na zona 3 vezes superior à atual. Para além disso, este tubo será pioneiro na utilização de um condutor de alumínio que possibilitará o 5G. Especialistas acreditam, ainda, que o design deste cabo permitirá que este resista de forma inigualável a possíveis danos exteriores. 
Afere-se, deste modo, que apesar de existir um grande contraste, diversas empresas encontram-se a tomar medidas para equilibrar a balança da sociedade mundial.

Obrigado,
Rodrigo Santos


domingo, 17 de maio de 2020

Será que os cães podem detetar a COVID-19?

Nas últimas semanas surgiu uma notícia que despertou o meu interesse: 
Será que os cães podem detetar a COVID-19?

A ONG britânica Medical Detection Dogs está a levar a cabo um estudo que, até agora, está a conseguir resultados positivos. Esta organização conta com experiência do treino de cães que conseguem detetar cancro, Parkinson e até malária. Foi criada em 2008 com objetivo que potenciar o olfato canino para a deteção de doenças humanas e começou a trabalhar neste projeto no final de março.



Estão baseados em a cidade de Milton Keynes, um pouco acima do norte de Londres. A metodologia da busca da doença baseia-se no facto que cada doença emite um odor, sendo que os cães, quando bem treinados, conseguem identificar essas doenças, como acontece com os cães farejadores de drogas da polícia.
Como método de treino, são apresentadas amostras de vírus e os cães conseguem diferenciar os odores destas, dos componentes do nosso dia a dia.


"Acreditamos que os cachorros podem detetar a COVID-19 e que poderão analisar centenas de pessoas um período de tempo muito curtos, assim, permitem uma rápida ação para que uma determinada pessoa seja isolada e testada."
"Temos provas que os cães podem detetar bactérias e outras doenças, pelo que acreditamos que investindo cada vez mais neste projeto conseguiremos fazer uma grande diferença na capacidade de controlar a propagação da COVID-19"
Declarações da diretora-executiva da Medical Detection Dogs, Claire Guest à AFP

De momento, existe uma parceria entre a associação com a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e a Universidade de Durham. Esta é a mesma equipa de investigadores que conseguiram demonstrar que os cães conseguem detetar a malária.

De seguida um vídeo explicativo de como é feito o processo de busca:


Fiquem seguros
Obrigado e até breve,

Daniel Branco

sábado, 16 de maio de 2020

O maior túnel ferroviário e rodoviário do mundo

A engenharia tem  um papel importantíssimo nas nossas vidas, permitindo construir edifícios e estruturas nas mais diversas condições. Algumas obras, conseguiram ligar locais longínquos ou de difícil acesso, permitindo melhorar a mobilidade e a qualidade de vida da população. Com esse mesmo objetivo, irá nascer no ano de 2029, a maior ponte ferroviária e rodoviária do mundo, ligando a ilha dinamarquesa Lolland, à ilha alemã Fehmarn, num projeto que custará cerca de 18 mil milhões de euros. 

Início do túnel, Dinamarca
Foto: Instituto de Engenharia
A construção deste túnel estava prevista começar no início de Julho deste ano, no entanto, derivado a atual situação pandémica que vivemos, esta teve de ser adiada para 1 de janeiro de 2021. 
Os primeiros trabalhos, serão realizados em solo dinamarquês e incluem a entrada no túnel, a edificação de estruras residenciais e administrativas e ainda de uma fábrica, que permitirá a construção dos diversos troços do túnel, que posteriormente serão submersos.
A submersão do primeiro troço, começará em 2024, mas antes disso é necessária a construção de uma trincheira com cerca de 60 metros de largura e 13 de metros de profundidade, que permitirá a entrada de cada um dos troços. A fábrica só irá entrar em funcionamento em 2023, altura em que está prevista a construção do primeiro troço. 


Fim do túnel, Alemanha
Foto: Instituto de Engenharia
Durante a obra, serão utilizados barcos rebocadores, de modo a permitir a submersão destes troços, que pesam cerca de 73 toneladas, cada um. Esta construção é de uma grande exigência, sendo gasto 50 vezes mais ferro do que na construção da torre Eifel e retirado mais de 19 milhões de metros cúbico de material do fundo do oceano, que será, mais tarde, utilizado para a ampliação da ilha de Lolland.
A abertura do túnel está planeada para acontecer em 2029, e a construção será acompanhada pela  melhoria das ligações ferroviárias em ambos os países. Esta infraestrutura, terá um papel fulcral na mobilidade dos passageiros, sendo possível atravessá-la de carro, em apenas 10 minutos, permitindo ao mesmo tempo uma redução substancial na duração das viagens de comboio entre Hamburgo e Copenhaga.

Composição do túnel
Foto: Instituto de Engenharia
Obrigado,
Miguel Tavares

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Será possível produzir eletricidade a partir do ar?

Cientistas na Universidade de Massachussets, Estados Unidos, descobriram uma maneira de criar eletricidade a partir da humidade no ar, uma tecnologia que propõem para o futuro das energias renováveis.
O "Air-gen" é neste momento capaz de produzir energia suficiente para alimentar pequenos aparelhos eletrónicos.
Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, o método envolve nanotubos de uma proteína condutora, produzida por um micróbio, que converte em eletricidade o vapor de água que existe naturalmente na atmosfera.


Os nanotubos formam uma película à qual são ligados elétrodos que captam a corrente gerada pela reação da proteína com a humidade do ar.
"Estamos literalmente a tirar eletricidade do ar", afirmou o engenheiro eletrotécnico Jun Yao, em cujo laboratório foi testado o "Air-gen", que é não poluente, renovável e de baixo custo, podendo ser usado mesmo em condições de baixa humidade.
Ao contrário de outras formas de gerar eletricidade, não precisa de vento ou de luz solar e pode mesmo ser utilizado em ambientes interiores, afirmou o microbiólogo Derek Lovley, que há mais de trinta anos descobriu o micróbio Geobacter no rio Potomac, nos Estados Unidos.


Por agora, o Air-gen é capaz de manter a funcionar pequenos aparelhos eletrónicos, mas os criadores pretendem alargar a sua capacidade, criando pequenas películas de nanotubos que poderão ser usadas para alimentar monitores de dados vitais ou relógios, que deixariam de precisar de pilhas.
Também esperam conseguir adaptar o Air-gen aos telemóveis, para que deixe de ser necessário carregar os aparelhos.
Segundo sustenta Yao, o fito primordial passará pela aplicação do Air-Gen em sistemas de grande escala, em conformidade com a eficiência autossustentável e ambiental.

Adaptado de: dn.pt

Obrigado,
Miguel Carvalho

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Urina de astronautas poderá ser útil na construção de bases lunares

Um dos maiores objetivos no trabalho de investigação consiste em procurar locais habitáveis ao Homem e, para além disso encontrar modos de instalar bases que alocariam os viajantes.



Estudos recentes abordam sobre a utilidade da ureia, (um dos constituintes maioritários da urina) na construção de bases lunares. Por muito absurda que a ideia aparente ser, foi divulgado um estudo pela ESA (Agência espacial Europeia), que sugere que este composto tornaria o betão lunar mais maleável antes de tomar a sua estrutura final mais rígida. A investigação realizada pela agência, anteriormente, referida mostra, ainda, que a mistura da urina com o geopolímero lunar forma um composto mais resistente do que aquando a junção deste polímero com plastificantes comuns (compostos que reduzem a necessidade de água para malear certas estruturas). A mistura constituída por ureia foi capaz de suportar até 10 vezes o seu peso, sendo capaz também de resistir ao vácuo e à amplitude térmica que é tomada na superfície lunar devido à ausência de atmosfera lunar.



A maioria dos leitores interrogar-se-ão sobre o porquê de não poder ser utilizado betão comum tal como o terrestre. São vários os obstáculos que se atravessariam no caso de ser utilizado betão comum. Em primeiro lugar seria necessário, muito provavelmente, carregar os foguetões com mais material necessário à produção de betão terrestre. Para além disso, durante o processo de secagem do betão, este adquiriria uma estrutura molecular diferente do que se fosse produzido na Terra. Este fenómeno dever-se-ia à fraquíssima ação gravítica que a Lua tem sobre os corpos à sua superfície. É fulcral referir, ainda que o betão terrestre não seria possivelmente capaz de suportar as condições severas da lua descritas no parágrafo anterior.



Este composto que, ainda está a ser melhor estudado seria então constituído maioritariamente por regolito lunar. É de salientar que ureia seria capaz de limitar a quantidade necessária de água para moldar os compostos. A ureia é uma substância que é produzida industrialmente na Terra, logo seria bastante barata a obtenção da mesma. No entanto, diversos investigadores esperam ser capazes de extrair a ureia proveniente da urina dos astronautas, que tornaria todo este processo mais pragmático.


O que se conclui?


Conclui-se, assim que se pode ter encontrado um método bastante inovador que nos aproximará um pouco mais de habitarmos outros corpos celestes. Ainda assim este estudo deixa várias dúvidas como o facto desta substância não ter sido realmente testada em ambiente lunar. Para além disso não se sabe se este corpo será capaz de resistir às radiações extremamente nocivas, provenientes do espaço que não são absorvidas tal como acontece na Terra.

Obrigado,
Rodrigo Santos