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sábado, 18 de abril de 2020

China revê o número de mortes em Wuhan com um aumento de 50%

Boa noite a todos,
No artigo de hoje farei uma observação acerca da divulgação dos novos dados acerca da epidemia por parte das autoridades chinesas. 

             As autoridades de Saúde chinesas revelaram no dia de ontem novos dados acerca da epidemia do novo coronavírus na cidade de Wuhan, a origem da pandemia.
             Após uma revisão do número total de vítimas registado o número passou de 1290 para 3869, um aumento em mais de 50%. Porém, com a divulgação destes números o governo chinês nega qualquer tipo de encobrimento.
             A explicação oficial, de acordo com a agência de notícias Xinhua, que citou um funcionário não identificado do Centro para o controlo e prevenção epidémica, este que afirmou que nas primeiras fases do surto, "devido à insuficiência na capacidade de admissão, processamento e tratamento, algumas instituições médicas não conseguiram estabelecer a tempo uma ligação com o sistema de prevenção e controlo da doença enquanto os hospitais estavam sobrecarregados com doentes".


Foto: Chinatopix via Associated Press


China nega encobrimento


             A China, através de uma reunião de informação diária pelo seu porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, negou que não revelou a verdadeira extensão das mortes por COVID-19. Afirma que nunca houve um encobrimento do surto de coronavírus na China e que o Governo nunca permitirá qualquer encobrimento. Alega que os mortos fora dos hospitais não foram contabilizados.


As posições dos países ocidentais têm sido bastante clara. 

Diretor da OMS com Xi Jinping Foto: REUTERS
Donald Trump afirma que a "China tem a maioria dos casos relacionados com a COVID-19" e que devem ser apuradas as responsabilidades quanto à não divulgação da dimensão real da epidemia. 
Criticou também a atuação da OMS, suspendendo o financiamento da organização. Alegando que a OMS atuou de forma negligente quanto às diversas recomendações que fez, por exemplo quanto ao uso generalizado da máscara e pela forma de como desvalorizou numa fase inicial o surto.

             As posições de França e do Reino Unido seguem a posição americana. 
Emmanuel Macron disse ao Financial Times que não pode haver comparação entre países onde a informação flui livremente e as pessoas podem criticar livremente os governos com aqueles em que a informação é reprimida. "Há claramente coisas que aconteceram e que desconhecemos" reforça o presidente.
             O ministro dos negócios estrangeiros britânico, Dominic Raab, afirmou na quinta feira que a China tem perguntas a responder, acrescentando que seja necessária uma revisão da crise, incluindo a forma de como o surto surgiu. "Não haja dúvida que não podemos manter a normalidade depois desta crise e teremos de fazer as perguntas difíceis sobre a forma como surgiu e se poderia ter sido contida mais cedo" afirmou

O que se conclui?

             Na minha ótica, observando a forma de como vírus de espalhou pelos outros países afetados é muito complicado que um país como a China possuindo cerca de 1.4 mil milhões de habitantes, apesar de ter medidas de prevenção mais eficazes, como o uso de máscaras, ter registado até ao dia de hoje 82.719 casos de COVID-19 e 4.632 óbitos. Fazendo uma comparação, os Estados Unidos, com 328 milhões de habitantes, têm 726.859 infetados e 38.200 mortos registados.

Estes dados fazem levantar muitas questões.
             É tudo por hoje, no próximo artigo farei uma análise mais detalhada a esta temática, tentando perceber melhor que papel teve o governo chinês na ocultação de dados acerca da epidemia e como esta permitiu com que o resto do mundo não se apercebesse do que aí vinha. Também o papel que a OMS desenvolveu no decorrer desta pandemia.


Fiquem bem
Obrigado e até breve,

Daniel Branco


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