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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ir viver para Marte custará 387 mil euros



Ir viver para Marte custará 387 mil euros


O multimilionário Elon Musk, fundador e chefe-executivo da empresa privada de transportes espaciais 'Space X', quer estabelecer uma colónia em Marte para cerca de 80 mil pessoas cujo preço de viagem rondará os 387 mil euros.
A ideia essencial da 'Space X' é que as condições de vida numa possível colónia em Marte não sejam inferiores às da Terra, diz o site espanhol 'Psyn Noticias'
Segundo o site do jornal britânico 'The daily Mail', as ambições iniciais de Musk serão pequenas sendo que, numa primeira fase do projeto, só viajarão para o Planeta Vermelho cerca de 10 pessoas.
De acordo com o empresário, citado pelo 'Psyn Noticias', os primeiros colonos a chegar a Marte terão que levar consigo imensos suplementos, nomeadamente: equipamento para a produção de fertilizante, oxigénio e metano a partir dos elementos naturais da atmosfera de Marte. Os pioneiros terão ainda que levar materiais para construir cúpulas transparentes, cujo ambiente interior será propício ao cultivo de produtos. Deste modo, à medida que os colonos forem aumentando a sua autossuficiência, mais pessoas poderão viajar para o Planeta e cada vez com menos materiais, sendo prevista a a capacidade populacional de 80 mil pessoas.
Já foram divulgados os custos monetários dos bilhetes, caso as viagens se tornem possíveis, e estes rondarão os 387 mil euros, diz o 'Psyn Noticias'.
Segundo o 'The Huffington Post', Musk afirma que "o preço dos bilhetes não poderá ser muito elevado, para que pessoas de países desenvolvidos, nos seus quarenta anos, possam juntar dinheiro suficiente para realizar a viagem".

domingo, 25 de novembro de 2012

Robô 'Curiosity' faz descoberta "histórica"



Robô 'Curiosity' faz descoberta "histórica"

O robô 'Curiosity' da NASA, que se encontra numa missão em Marte para determinar de houve alguma vez vida no planeta vermelho, fez uma descoberta que, segundo o investigador principal da missão, "mudará os livros da História".
John Grotzinger, investigador principal da missão do 'Curiosity', anunciou numa entrevista à rádio americana 'NPR' que os instrumentos do robô descobriram algo que "mudará os livros da história" acrescentando que os dados recolhidos "prometem realmente muito", cita o site do jornal espanhol 'ABC'.
A descoberta foi feita através do laboratório químico a bordo do robô, o "Sample Analysis at Mars" (SAM), que analisa amostras de solo marciano. Grotzinger assegurou que a NASA irá realizar um dos maiores anúncios da sua história. Segundo declarações do próprio ao site sobre astronomia 'Universe Today', citado pelo 'ABC', será realizada "uma conferência no próximo dia 3 de dezembro para discutir os nossos resultados".
Por enquanto os cientistas estão a realizar um conjunto de testes e análises para determinar a validade da descoberta, pois querem estar completamente seguros antes de lançar o anúncio.
"A equipa científica está a analisar os dados recolhidos pelo SAM mas ainda não está pronta para discutir o assunto", afirmou Grotzinger ao 'Universe Today'.
Caso se confirme que de facto houve vida em Marte, este será o anúncio mais esperado de todo o universo cientifico, informa o 'ABC'.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ALERTA: Tempestade solar atinge a Terra nesta sexta e sábado



O nível da atividade geomagnética do planeta deverá ficar bastante elevado nas próximas 24 horas devido à chegada de duas ejeções de massa coronal originadas na mancha solar AR1618. De acordo com as previsões, há 65% de chances de intensas auroras boreais nas latitudes elevadas.

Mancha Solar AR1618
As recentes ejeções de massa coronal (CME) ocorreram entre os dias 20 e 22 de novembro, quando fortes explosões foram registradas no Sol na região ativa AR1618, praticamente no centro da estrela.
A primeira erupção ocorreu no dia 20, após a ruptura de um filamento e as partículas ejetadas deverão chegar à Terra no sábado. A segunda, responsável por um flare de intensidade M3 atingirá a Terra nesta sexta-feira. De acordo com modelos de deslocamento e densidade de partículas solares, o índice KP, que mede a instabilidade ionosférica deverá oscilar entre 5 e 7.


Fluxo de raios X
O índice KP=7 pode causar problemas intermitentes na navegação e orientação por satélites ou sinais baixa frequência, como beacons, ILS, etc, além de comprometer as comunicações transatlânticas entre 5 e 30 MHz. Auroras podem ser vistas em latitudes baixas ao redor de 50º.


Explosão Solar
Também chamada de erupção, flare ou rajada, a explosão solar acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.
Os flares produzem forte emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.
Como consequência das explosões solares temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal ou CME, enormes bolhas de gás ionizado com mais 10 bilhões de toneladas, que são lançadas ao espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Aplicação desenvolvida por jovem investigador português premiada nos “óscares” das mobile apps



Aplicação desenvolvida por jovem investigador português premiada nos “óscares” das mobile apps

Ricardo Moutinho, investigador do Fraunhofer Portugal, é um dos cinco finalistas dos World Summit Awards Mobile (WSA), considerados os Óscares das mobile apps, na categoria m-Inclusion and Empowerment, com o projeto AlzNav - uma aplicação para Android que se traduz num sistema de localização e navegação criado a pensar na população sénior e também pessoas em estado inicial de demência.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Planeta errante ainda intriga pesquisadores!


Por volta de 1995, houve um artigo na Revista americana Astronomy com o tema "Rogue Planets", traduzindo "Planetas errantes". A matéria enfocava a descoberta de possíveis planetas que não estão atrelados gravitacionalmente a nenhuma estrela, o que para nós seria atípico pois é tida ainda como regra a formação do disco protoplanetário a partir de uma protoestrela oriunda do colapso de uma nuvem molecular gigante.

Agora, o assunto volta a todo vapor com a descoberta de astrônomos do Observatório Europeu do Sul - ESO - no Chile, (país que concentra vários aparatos de observação astronômica devido ao clima árido e portanto muito seco, o que proporciona atmosfera límpida para otimização da pesquisa na área da Astronomia), de um planeta que vagueia livremente pela Via-Láctea, não estando na órbita de nenhuma estrela.
Este corpo é o melhor candidato descoberto até agora para poder ser classificado como planeta errante ou órfão e encontra-se a uma distância média de 100 anos-luz de nós, ou seja, o mais próximo detectado nesta categoria.
Já haviam sido descobertos, como relatei acima, possíveis exemplos deste tipo de objeto, mas, não conhecendo a sua idade os astrômomos não podiam saber se se tratava de planetas ou de anãs marrons, que são estrelas que não possuem massa suficiente para iniciarem as reações de fusão nuclear que desencadeiam todo o fulgor de uma estrela típica, como o nosso Sol, a qual irradia tanto em luz visível, quanto ultravioleta, por exemplo.
Aliás, a diferença fundamental entre planetas e estrelas reside na quantidade de massa. Júpiter, por exemplo, apesar de classificado como planeta, (pois a classificação básica que aprendemos quando crianças em Geografia é de que estrelas são astros com luz própria e planetas aqueles que não irradiam, apenas refletem a luz solar), e portanto, não mantém em seu núcleo um tipo de reator nuclear até consegue irradiar cerca de 1.6 vezes mais energia do que recebe do Sol, embora, seja esta energia concentrada em ondas longas, como as de rádio, detectáveis como uma espécie de ruído branco (semelhante ao som de uma cachoeira, inclusive tive a oportunidade sintonizar este ruído de Júpiter) por aparelhos e antenas de radioamadorismo bem sensíveis e direcionados. De forma exagerada, Júpiter foi tido como uma “estrela que não deu certo”, mas isso foi pouco antes de se considerar o caso das anãs marrons.
Existe então, um tipo de transição entre planetas e estrelas, que seriam então as anãs-marrons, que podem ainda confundir os astrônomos com os planetas errantes ou órfãos.
Inclusive, muitos planetas descobertos orbitando outras estrelas (exoplanetas) são na verdade planetas até com massas superiores as de Júpiter, o que por vezes são classificados como Super Júpiteres, o que chegou a deixar controvérsias sobre o fato de serem planetas muito gigantes ou anãs marrons.
Estas anãs marrons tem gerado mais polêmica do que simples confusão com planetas gigantes. Ao ler e estudar outros artigos em meados de 1998 publicados nas Revistas Astronomy e Sky & Telescope, com a temática da controvertida matéria escura, na época, foi até aventada a hipótese das anões marrons comporem essa massa “perdida” ou não-detectável diretamente pelos métodos clássicos observacionais, juntamente com a outra hipótese – a da matéria exótica, formada por partículas que teriam propriedades exóticas, que a princípio violariam as leis físicas.
Mas agora, a pesquisa de planetas errantes toma novo fôlego com essa descoberta recentíssima do ESO e com observações acuradas do telescópio CFHT (Consórcio Canadá – França - Hawaii Telescope), o que permitirá aos astrônomos calcular a idade do objeto recém-descoberto, uma vez que a análise estatística do movimento próprio do objeto, ou seja, a variação da sua posição angular no céu a cada ano, aponta uma probabilidade de 87% do objeto (planeta errante) denominado CFBDSIR2149 fazer parte de uma associação estelar designada AB Doradus, um grupo próximo de estrelas jovens. E também há mais de 95% de probabilidade de ser suficientemente jovem para ter uma massa planetária, tornando-o assim muito mais provável de ser um planeta errante do que uma pequena estrela, esta sim (e não Júpiter) que “não deu certo”.
A ligação ao grupo estelar AB Doradus poderá apontar para uma massa do planeta de aproximadamente 4 a 7 vezes a massa de Júpiter, com uma temperatura efetiva de cerca de 430 graus Celsius. A idade do planeta seria a mesma que a do próprio grupo, entre 50 a 120 milhões de anos. . .
Ressalto ainda que no caso das anãs marrons, apesar da não iniciação e manutenção de reações nucleares como as estrelas ordinárias, elas brilham no infravermelho por conta do calor da sua formação e depois esmorecem. Mesmo assim, as anãs menos quentes já conhecidas poderiam causar séruios danos a hipotéticos astronautas imprudentes que delas se aproximassem. Contudo, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia detectaram, por meio de um telescópio da NASA, o brilho do que parece ser uma anã marrom com temperatura de 30°C. O objeto gira em torno de uma estrela localizada a 63 anos-luz da Terra e tem massa sete vezes maior que a de Júpiter. Com esta massa, ele seria considerado um planeta. Mas os planetas são discos de gás e poeira que permanecem em torno de estrelas recentemente formadas e os cientistas dizem que este corpo, denominado WD 0806-661 B, está muito afastado de uma estrela (quase 2500 vezes a distância da Terra para o Sol), então, chamá-lo de planeta acabou sendo descartado. Isso foi no passado recente e pergunto, e, agora, diante dessa descoberta quase indubitável de um planeta errante, será que essa anã marrom não seria mais um planeta errante? Lembro também que a anã marrom questionada é consideravelmente mais fria do que as convencionais!
Voltando ao objeto CFBDSIR2149 (planeta errante), esta é a primeira vez que um objeto errante de massa planetária é identificado como fazendo parte de um grupo estelar em movimento, e a sua ligação ao grupo torna-o o candidato a planeta errante mais interessante a ser identificado até agora.
Como o planeta errante não orbita em torno de uma estrela e por isso não reflete luz estelar, seu fraco brilho só pode ser detectado na região do infravermelho do espectro. O objeto da imagem anexa parece azulado nesta imagem infravermelha porque grande parte da radiação nos maiores comprimentos de onda infravermelhos é absorvida por metano e outras moléculas existentes na atmosfera do planeta. Na faixa do visível, o objeto é tão frio que apenas brilharia muito pouco numas cor avermelhada escura, quando visto de perto.
Por fim, conjectura-se que objetos errantes como o CFBDSIR2149 formam-se ou como planetas normais que foram ejetados dos seus sistemas planetários, talvez pela passagem próxima de outra estrela, por exemplo, ou são como objetos mesmo solitários, tais como as anãs marrons. Portanto, ainda há muita pesquisa para se realizar.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Primeiras "viúvas negras" encontradas no Reino Unido


Primeiras "viúvas negras" encontradas no Reino Unido


Britânicos descobrem a primeira praga de "viúvas negras" no país numa fábrica de máquinas em Norfolk. As aranhas são das mais perigosas do mundo.

A mortal aranha foi descoberta esta quinta-feira por engenheiros de uma fábrica de máquinas, em Norfolk, junto a um tubo de ventilação de um dos armazéns, que após terem ido ao Google identificar que tipo de aranha tinham encontrado, confirmaram tratar-se de uma das espécies de aracnídeos mais mortais do mundo.
Segundo o jornal britânico "Daily Mail", os trabalhadores da fábrica foram prontamente evacuados e a zona onde a aranha foi descoberta selado. Mais tarde, foi encontrado na mesma zona um ninho de ovos, de onde saíram mais de 100 bebés "viúva negra".
"Podemos dizer que se tratam de "viúvas negras" devido á característica marca no tórax e ao carácter agressivo que a aranha assumiu quando a isolámos", afirmou Ian Parkinson, reponsável pela equipa de desinfestação que se deslocou ao local para resolver o problema. "Foi uma sorte termos encontrado o ninho antes que se tivessem espalhado mais pela fábrica, o que seria um grande problema", diz Parkinson.
Os responsáveis da fábrica de Norfolk acreditam que as mortais aranhas terão vindo para o Reino Unido a bordo de um contentor com maquinaria importada do Texas, nos Estados Unidos da América. Ian Parkinson afirmou que as "viúvas negras" conseguem sobreviver várias semanas sem comer, após terem tido uma grande refeição, por isso não estranha que tenham sobrevivido a uma viagem tão grande.
"Segundo sabemos, estas são as primeiras "viúvas negras" encontradas no Reino Unido", afirma Parkinson, adiantando que a aranha em causa é tão perigosa que "o seu veneno é 15 vezes mais forte que o de uma cobra cascavel".

NASA faz o retrato mais exato de sempre da atmosfera


NASA faz o retrato mais exato de sempre da atmosfera
Imagens geradas por um supercomputador mostram como as correntes atmosféricas fazem circular sal, pó e fumo no planeta.
O 'supercomputador' Discovery possui uma ferramenta única para estudar o papel do tempo no sistema climático da Terra, lê-se no site oficial da NASA. Trata-se do 'Goddard Earth Observing System Model', versão 5 (GEOS-5), que é capaz de simular o tempo em todo o mundo, em resoluções de 10 a 3,5 quilómetros.
As imagens divulgadas, que mostram o comportamento dos aerossóis globais, foram produzidas por uma simulação GEOS-5 com uma resolução de 10 km.
Nas imagens pode-se ver o pó (vermelho) a ser levantado da superfície, o sal marinho (azul) a criar pequenos remoinhos, o fumo (verde) fruto de incêndios, e as partículas de sulfato (branco) dos vulcões e das emissões de combustíveis fósseis.

domingo, 18 de novembro de 2012

Número de estudantes americanos em Portugal aumenta em 2011

Relatório Open Doors 2012


O número de estudantes americanos em Portugal no ano letivo de 2010-2011 aumentou 47 por cento em relação ao ano anterior, subindo de 198 para 291, um valor apresentado no Open Doors 2012, um relatório anual sobre mobilidade académica internacional publicado pelo Institute of International Education (IIE) com o apoio do Bureau of Educational and Cultural Affairs do Departamento de Estado americano.


Número de estudantes americanos em Portugal aumenta em 2011

O aumento de estudantes americanos em Portugal acompanha a tendência de crescimento no número total de americanos que estuda no estrangeiro, que passou de 270.604 para 273.996. O Reino Unido continua a ser o destino de eleição dos estudantes americanos, seguido de Itália, Espanha, França e China. Quase 55 por cento dos estudantes americanos teve a Europa como destino. Houve, no entanto, um crescimento no número de estudantes em destinos considerados como “não tradicionais”, tanto fora da Europa (Brasil, China, Costa Rica, India e Coreia do Sul) como dentro da Europa, com destaque para Portugal, Bulgária, Finlândia, Polónia e Eslovénia.

Estes valores continuam a marcar uma década de crescimento sem precedentes no que respeita ao número de estudantes americanos que recebem créditos académicos pela sua experiência além-fronteiras, sendo que a participação de estudantes americanos em programas de estudo no estrangeiro mais do que triplicou nas últimas duas décadas.

Maria de Lurdes Rodrigues, presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD), destaca a importância destes resultados e do trabalho desenvolvido no âmbito da parceria “Study in Portugal”, que visa aumentar o número de estudantes americanos nas universidades portuguesas. “Importa prosseguir firmemente neste caminho. Acreditamos na aposta na internacionalização e na captação de estudantes estrangeiros como uma das soluções para a sustentabilidade futura das universidades portuguesas”, afirma a responsável.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Tempestade Lagos




Árvores foram arrancadas, varandas, telhas e quadro roubado, janelas estilhaçadas e jogou para veículos metros.
Muitos moradores foram afetados pelo incidente aberração em que o bairro inteiro foi reduzido a frangalhos e as pessoas ficaram gravemente feridas.
Pais em pânico correram para uma escola próxima por recolher as suas crianças que estavam na sala de aula quando a batida do furacão, e cartazes em uma rotatória nas proximidades foram mutilados.
A extensão exata dos danos e gravidade das lesões ainda está sendo calculado, mas as avaliações iniciais sugerem treze pessoas ficaram feridas, três das quais gravemente.
O Secretário de Estado de Assistência e Previdência Social confirmou que quatro famílias, num total de 11 pessoas, seis dos quais menores, precisam de ser realojados.
Abel Silva, nascido e criado em Lagoa, viu seu apartamento térreo destruído no incidente aterrorizante que duram apenas minutos.
"Foi impressionante. De repente meu windows começou a tremer, o chão estava tremendo. Tentei segurar as janelas, mas eu vi que eles estavam indo para explodir assim que eu me joguei para o lado. Toda a casa foi destruída. Eu nunca vi nada como isso antes. "
Pessoas em um café nas proximidades disse: "O céu ficou escuro como breu, o vento tornou-se tão densa que você poderia ver, e parecia que tudo estava tremendo. As janelas estavam chacoalhando. Uma folha de metal a partir de um local de construção nas proximidades foi rasgado. Nos disseram para voltar e ficar longe das janelas. O poder saiu. Era como algo de um filme. "
GNR confirmou que não havia ferimentos graves e muitas famílias ficaram temporariamente desabrigadas.
Os serviços de emergência foram elaborados a partir bairros vizinhos para tentar trazer o pandemônio sob controle. A Agência Nacional de Proteção Civil Authority (ANPC) expedidos serviços de emergência para Lagoa e Silves de tão longe como Beja, Setúbal e Évora.
O mau tempo, incluindo fortes ventos, trovões e relâmpagos atormentado de hoje Algarve na sexta-feira. Houve uma falta de energia em Lagos causadas por tempestade persistente, a vila de Ferragudo e da cidade de Albufeira inundada, e os danos foram causados ​​a vários locais em toda a região.
Moradores de Silves disse The Portugal News "parece que uma bomba atingiu-lo."
Relatos de testemunhas, disse uma cúpula de vidro que uma vez que se sentou em cima da Câmara Municipal quebrado.
Em Alvor um telhado foi arrancado de uma escola e um café-quiosque no coração da aldeia foi completamente removido de seu lugar.
Cerca de 226 homens e mulheres e 68 veículos foram enviados para as cidades. Informações no site da ANPC confirma 13 pessoas ficaram feridas em conseqüência do furacão e nenhuma morte foi causada. Um helicóptero de resgate de emergência também foi despachado em 2:55, mas depois retratou.
O Instituto Meteorologia (IM) colocou o Algarve em alerta laranja - um aviso de moderada a alta situação de risco meteorológico. As fortes chuvas acompanhadas de ventos fortes e trovões foram previstos, mas felizmente revelaram-se infundados.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Lua

Que a Lua é a "filha" da Terra, parece não haver mais dúvidas, pois se os dois astros tivessem sido formados na mesma nebulosa de poeiras e rochas que originaram os planetas, os núcleos de ambos teria dimensões proporcionais.


Antes, análises das amostras de rochas lunares trazidas pelas missões Apolo mostraram que a Terra e a Lua tinham os mesmos tipos de átomos (isótopos) de oxigênio e titânio, por isso os cientistas concluíram que teriam tido uma origem comum. Podiam ser irmãs.
Mas, no final dos anos 1990, dados analisados a partir da sonda lunar Prospector revelaram que o núcleo da Terra representa 30% da massa total do planeta, porém, na Lua esse valor é de menos de 4%.
Até o momento, a teoria mais aceita sobre a origem do satélite natural da Terra diz que ela resultou de uma colisão com a Terra, mas os novos estudos, além de ratificarem esse nascimento violento, levantam agora dúvidas sobre a "paternidade" da Lua. Sim, é isso mesmo, a Lua teria também um "pai".
Na década de 1970, surgiu a hipótese do Big Splash, segundo a qual a Lua é filha da Terra e de Teia, um astro do tamanho de Marte que teria se chocado com o nosso planeta pouco depois da sua formação, há cerca de 4.5 bilhões de anos.
Os escombros dessa colisão criaram um anel ao redor da Terra, que depois de amontoados teriam dado origem à Lua. Esta hipótese foi reforçada na década de 1980 por simulações em computador, que sugeririam que a Lua seria composta principalmente por materiais diferentes dos da Terra.
Ou seja, a Lua era filha da Terra, mas teria herdado do pai a maior parte dos materiais. Só que as análises da composição da Lua, um tipo de exame de DNA cósmico não coincidiam com aqueles resultados e indicavam que a Lua era quase igual à Terra.
Por outro lado, Robin Canup do Southwest Research Institute, nos Estados Unidos, publicou um artigo na edição de Outubro da revista acadêmica Science em que defende que o pai da Lua não foi Teia. De acordo com o estudo deveria ser um corpo muito maior para que a nuvem de poeira resultante da colisão também tivesse materiais arrancados da Terra e que viessem a ser incorporados na Lua.
Com simulações de computador, Robin Canup mostrou que se o planeta que se chocou com a Terra tivesse quatro ou cinco vezes o tamanho de Marte, a composição da nuvem de poeira já seria muito semelhante a da Terra. Portanto, já podia ter originado uma Lua com as características que hoje conhecemos.
Portanto, a comunidade científica parece não ter grandes dúvidas sobre quem é a mãe da Lua, mas a discussão sobre o pai continua.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Japão cria primeira cabine impressora 3D do mundo


Em vez de uma foto estática dos seu rosto ou mesmo do corpo inteiro, o que acha da ideia de se deslocar a uma cabine fotográfica e, passados poucos minutos, levar para casa uma imagem sua em movimento?
No Japão isso já é possível. E tudo graças à primeira cabine impressora 3D do mundo que foi recentemente criada.Agora, mais do que tirar uma sequência de fotos nas mais variadas posições, é possível colocar a moeda na ranhura da cabine fotográfica e, após um clique, fazer uma espécie de clone seu. Ou seja, a imagem aparecerá em ação.Segundo os espeialistas disseram ao site espanhol ABC , os resultado obtidos até agora no Japão são "excelentes".A impressão em 3D está há muito tempo a ser estudada e não há mês nenhum em que não surjam notícias sobre a temática, no entanto, é algo que ainda está muito embrionário. No Japão o cenário é outro: passou -se da impressão de enfeites para casa para a impressão de figuras humanas. E tudo graças à primera cabine de impressão 3D, que será exibida na mostra "Eye of Gyre" que irá decorrer em Harajuk (Tóquio), entre 24 de novembro e 14 de janeiro do próximo ano.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Eclipse Solar


Na próxima terça-feira o céu será palco de um dos mais intensos eventos astronômicos que existem: o eclipse total do Sol. Durante mais de três horas a Lua transitará na frente do disco solar e por alguns minutos o dia vai virar noite em diversos lugares da Terra.

Eclipse novembro de 2012
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Milhares de pessoas e observadores de todo o mundo não pouparam esforços para ver o grande evento e fizerem as malas. O local escolhido foi o nordeste da Austrália, mais precisamente a localidade de Cairns, um dos poucos locais habitados do planeta de onde o eclipse poderá ser visto na totalidade.



Início do Eclipse
O eclipse total do Sol de 13 de novembro de 2012 terá início exatamente às 18:35:08 BRST (horário de verão brasileiro), no instante em que a borda da Lua tocar a borda externa do disco solar. Neste momento, o eclipse estará fazendo sombra sobre o Parque Nacional Garig Ganak Barlu, a 250 km do leste da cidade de Darwin.
Viajando em sentido sudeste, a sombra umbral rapidamente cruzará todo o Golfo de Carpentaria, até atingir a Península de Cabo York, dois minutos depois, às 18:37:07. Neste instante, a borda da Lua terá penetrado todo o limbo do Sol, dando início ao cruzamento lunar no interior do disco solar, em um evento com 3 horas e seis minutos de duração.

Ápice do Eclipse
O ápice do eclipse ocorrerá precisamente às 20:11:48, quando ambos os astros estiverem acima das coordenadas 39.57 S e 161.20 W, um ponto completamente isolado no oceano Pacífico. Neste instante, o eixo da sombra da Lua estará praticamente alinhado com o centro da Terra e o disco solar estará completamente encoberto, transformando em noite uma extensa faixa que se estende desde o extremo nordeste da Austrália até o oeste do Chile.
O tempo máximo do eclipse total será de 4 minutos e 2 segundos, mas só poderá ser contemplado em sua totalidade caso o observador esteja exatamente sobre as coordenadas geográficas citadas. Quanto mais longe estiver, menor será o tempo de observação do fenômeno. Para os milhares de observadores situados em Cairns, na Austrália, o tempo estimado de escuridão é de 2 minutos.

Fim do Eclipse de novembro de 2012
Após 4 minutos de bloqueio o disco solar começará a ser visível novamente. Por 1 hora e 31 minutos a Lua ainda transitará na frente do disco Sol, mas à medida que o tempo passa mais e mais o disco estelar será desobstruído.
Às 21:48:24 BRST, sem a presença da Lua, finalmente o Sol estará totalmente visível novamente, com o extremo da sombra do eclipse terminando a 800 km da costa chilena.

Como ocorre um Eclipse Solar
Um eclipse do Sol ocorre sempre que a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol. Se durante um eclipse a lua encobre completamente o disco do Sol é chamado de eclipse total. Caso contrário, eclipse parcial.

Se durante um eclipse total a Lua estiver próxima de seu apogeu (maior afastamento da Terra), seu diâmetro aparente parecerá menor que o do Sol e por não cobrir todo o disco, parte do Sol ainda permanecerá visível em forma de anel, daí o nome "anular" para este tipo de eclipse. Anular significa "em forma de anel"


O eclipse do dia 13 será um eclipse do tipo total e todo o disco solar ficará oculto.

1 ANO

Hoje é o nosso primeiro aniversário.

PARABÉNS FENÓMENOS!!!!!!!!

domingo, 11 de novembro de 2012

Fim do Mundo em 2013...Talvez



Começa a circular na internet um novo boato de que um grande asteroide deverá se chocar contra nosso planeta em 2013. Como o boato deverá se espalhar à medida que o tempo passa, preparamos esse artigo com objetivo de esclarecer nossos leitores, curiosos em entender melhor o que está acontecendo.

Antes de falar sobre o asteroide, é importante destacar que todo ano é divulgada uma nova possibilidade de ameaça contra nosso planeta. São explosões solares intensas, cometas controlados por entidades secretas, sons estranhos vindos do céu ou então terremotos induzidos pelos americanos através do Projeto Haarp.
Até hoje, não se sabe exatamente como esses boatos começam, mas não há qualquer dúvida de que se espalham com muita rapidez. Para piorar as coisas, quase sempre a informação se propaga de forma equivocada, alicerçada por dados científicos quase sempre vindos de fonte duvidosa ou inexistente.

2012 DA14
Agora, a bola da vez é o asteroide 2012 DA14, descoberto no final de fevereiro por astrônomos do Observatório Astronômico de La Sagra, na Espanha. O objeto tem aproximadamente 45 metros de diâmetro e sua órbita é muito parecida com a terrestre. Quando foi descoberto, se localizava a cerca de 2.5 milhões de km do nosso planeta, seis vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Os gráficos orbitais mostram que 2012 DA14 passa a maior parte do seu tempo bem distante do nosso planeta. No entanto, o caminho que a rocha percorre no espaço a traz para perto da Terra duas vezes por orbita. Isso acontece a cada seis meses e a última vez que essa aproximação ocorreu foi em 16 de fevereiro de 2012, o que permitiu sua descoberta.

Próxima aproximação
Em 15 de fevereiro de 2013 ocorrerá a próxima aproximação entre a Terra e 2012 DA14 e de acordo com cálculos feitos recentemente, a menor distância entre os dois objetos será de aproximadamente 27 mil quilômetros. Apesar de ser uma distância bem pequena - inferior a dos satélites geoestacionários - as chances de impacto contra a Terra são desprezíveis, estimada em zero na Escala Torino, que vai até 10.
Estima-se que 2012 DA14 tenha uma massa de 120 mil toneladas. Se atingisse nossa atmosfera, produziria um choque similar ao do impacto de Tunguska, ocorrido no início do século 20 acima dos céus da Sibéria.

Aproximações futuras
Se a distância do asteroide em 15 de fevereiro de 2013 permite classificar as chances de impacto como zero na Escala Torino, como serão as probabilidades futuras?
Responder a essa pergunta não é tão fácil como parece e depende de inúmeros fatores. Quanto maior o número de observações feitas pelos astrônomos, maior é a precisão do calculo orbital do objeto. Até 5 de março, segundo o Centro para Objetos Próximos à Terra, NEO, da Nasa, a possibilidade de impacto entre 2020 e 2057 se mantinha em zero, apesar de previsão de distâncias ainda menores que fevereiro de 2013.
A partir de 2020 até 2057, 2012 DA14 fará uma série de rasantes bem próximos à nossa atmosfera. Em 15 de fevereiro de 2026, por exemplo, estima-se que a rocha passará a apenas 890 km de distância e em 2033 essa distância será ainda menor, de 512 km. Em 16 de fevereiro de 2040 o asteroide chegará ao menor valor previsto, de apenas 448 km.
Muito embora sejam valores muito próximos de nossa atmosfera, as chances de impacto, segundo o NEO, permanecem em zero. No entanto, à medida que mais observações forem feitas novos resultados deverão ser divulgados, aumentando ou diminuindo o risco de colisão.
No momento, a única afirmação correta é que não há qualquer chance de impacto para fevereiro de 2013. Para os outros anos, ainda é muito cedo para qualquer afirmação.
Apenas para situar melhor o leitor, em outubro de 2008 o asteroide 2008 TS26 chegou a apenas 6150 km e em março de 2004 a rocha 2004 FU162 passou a 6535 km de distância.


sábado, 10 de novembro de 2012

Astrónomos descobrem novo planeta potencialmente habitável




Utilizando dados registrados por telescópios instalados nos Andes chilenos, uma equipe de astrônomos alemães conseguiu detectar um novo planeta localizado dentro da zona habitável de sua estrela. Nessa região, as condições são propícias para que a água se mantenha em estado líquido, condição essencial para a vida como a conhecemos.

Planeta extrassolar

O novo planeta, batizado HD 40307g é um dos sete objetos que orbitam a estrela-mãe HD 40307, localizada a 42 anos-luz da Terra, aproximadamente 378 trilhões de quilômetros. De acordo com o estudo, publicado no periódico especializado Astronomy & Astrophysics, HD 40307g tem cerca de sete vezes mais massa que a Terra e seu período orbital o faz circular a estrela uma vez a cada 198 dias.
Segundo o estudo, feito pelos astrônomos Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido) e Guillem Anglada-Escude, ligado à Universidade de Goettingen, na Alemanha, ao que tudo indica HD 40307g é um planeta rochoso muito maciço e que orbita a estrela a 90 milhões de quilômetros de distância. Como comparação, a distância da Terra ao Sol é de 149 milhões de quilômetros.
Se levarmos em conta apenas a distância que o novo planeta orbita sua estrela, a primeira conclusão é que a temperatura da superfície seria muito mais elevada, tornando inviável a manutenção da água líquida necessária à vida. No entanto, essa menor distância é compensada pelas características da estrela HD 40307, que é menor, menos brilhante e menos quente que o Sol. Isso faz com que sua zona habitável - onde possa haver água líquida - também seja mais próxima e HD 40307g está exatamente dentro dessa zona.

Zona Habitavel
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Anomalia na Estrela
O novo planeta não foi observado diretamente, mas sim com a ajuda do equipamento HARPS (High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher), um instrumento altamente sensível capaz de detectar pequenas variações na posição da estrela à medida que um planeta a orbita. Essa anomalia é provocada pela interação gravitacional entre o planeta e a estrela, que faz com que essa tenha sua velocidade e posição ligeiramente alteradas pela presença do objeto. Ao analisar essas variações, é possível determinar com bastante precisão o possível agente causador da anomalia, sua massa, dimensões e características orbitais.

Distância Perfeita
No caso do sistema formado HD 40307, todos os outros cinco planetas encontrados ao seu redor orbitam muito próximo da estrela, com exceção de HD 40307g, localizado na distância certa para que a água possa estar em estado líquido. Na realidade, os outros objetos estão tão próximos que se fossem colocados dentro do Sistema Solar caberiam facilmente dentro da órbita de Mercúrio.
Apesar de os cientistas já terem encontrado outros planetas em zonas habitáveis, o interessante da nova descoberta são as características físicas de HD 40307g, ao que tudo indica um planeta rochoso. A maioria dos outros planetas já detectados dentro da Zona Habitável é composta de gigantes gasosos.
A descoberta também reforça a ideia de que a Terra não é um planeta tão incomum e que em nossas vizinhanças pode haver outros mundos colocados estrategicamente dentro da Zona Habitável.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Nordeste

A passagem do furacão Sandy ainda está bem viva na memória e no dia a dia dos cidadãos americanos, mas o alerta da chegada de uma nova tempestade já está tirando o sono dos moradores da costa leste do país. A bola da vez é a tempestade Nordeste, comum no inverno, mas que chega em péssima hora.
Tempestade Nordeste


De acordo com Serviço Meteorológico Nacional dos EUA, NWS, a tempestade Nordeste deve atingir com severidade os Estados da Pensilvânia, Nova Jersey e Nova York na noite de quarta-feira. Modelos de previsão indicam chuvas intensas e possibilidade de rajadas de vento de até 100 km/h. Em algumas localidades estão previstos volumes de neve que podem atingir 30 centímetros acumulados em 24 horas.

As autoridades alertam também para riscos de inundação próximas às áreas costeiras, com o nível da água subindo acima de 1 metro.

Tempestade Nordeste
De acordo com Everton dos Santos, colaborador do site Painel Global, a tempestade Nordeste começa com o ar frio vindo do Alaska, passa pelo interior dos EUA e se junta a uma área de baixa pressão na costa leste, tornando-se uma tempestade semelhante a um ciclone mas com menor potencial. São comuns no inverno e foi uma dessas que se juntou com Sandy essa semana, criando a Frankenstorm.

Naturalmente, a tempestade Nordeste não se compara à força de Sandy, mas existe grande preocupação das autoridades americanas com a região costeira de Nova Jersey, severamente castigada e que ainda se recupera após a passagem do furacão.

Aviso e Previsão
Neste momento a tempestade Nordeste se desenvolve ao largo da costa da Carolina do Norte e deve chegar à costa na altura de Nova Jersey na noite de quarta-feira. Toda região que vai do norte da Carolina do Norte até Nova York está sob aviso de tempestade e a população está sendo alertada para riscos de falta de energia e desabastecimento.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Existe vida na Terra? Provavelmente sim, diriam os extraterrestres!



Utilizando poderosos instrumentos apontados para o céu, os astrônomos já conseguiram descobrir centenas planetas extrasolares, mas nenhum deles parece ser capaz de suportar a vida como na Terra.Mas o que diriam os extraterrestres se estivessem procurando vida fora de seus planetas? Observando com telescópios ligeiramente maiores e mais poderosos que os nossos, poderiam eles estudar a Terra e deduzir que aqui é um planeta com vida?



Esse é o centro da questão de um estudo elaborado por astrônomos ligados à Universidade de Flórida e publicado há alguns anos na edição on-line do periódico Astrophysical Journal.
A resposta para a pergunta, segundo seus autores, é "sim". Com um telescópio maior que o Hubble apontado diretamente para nosso Sol, "observadores hipotéticos" poderiam medir o período de rotação de 24 horas da Terra, especular sobre a movimentação dos oceanos e as probabilidades de vida.
"Eles veriam a Terra como um único pixel e não como uma fotografia", disse Eric Ford, professor de astronomia da Universidade da Flórida e um dos cinco autores do estudo. "Mas isso pode ser mais que suficiente para identificar nosso planeta como tendo nuvens e oceanos de água líquida", explicou.
Essa pesquisa pode até parecer excêntrica, mas tem um objetivo muito sério: fornecer referências aos astrônomos que buscam planetas similares à Terra fora do sistema solar. "Esse é um trabalho que deverá se intensificar cada vez mais nas próximas décadas, graças à maior potência e disponibilidade dos telescópios", confirmou Enric Palle, outro participante do estudo e ligado ao Instituto de Astrofísica de Canárias.

Desafio
Para os observadores humanos ou extraterrestres procurar por planetas habitáveis é um grande desafio. O planeta não pode estar muito perto ou muito longe da estrela, o que poderia tornar sua superfície quente ou fria demais. A distância ideal é chamada de "Zona Habitável". Além disso, o candidato a abrigar vida precisaria ter uma atmosfera capaz de prover diversos tipos de proteção, desde radiações danosas a meteoritos que vêm do espaço.
Em sua maioria, os planetas encontrados fora do sistema solar são muito maiores que a Terra, principalmente gigantes gasosos similares a Júpiter, um lugar completamente inabitável, com nenhuma superfície sólida e atmosfera composta na maior parte por hidrogênio e hélio.
Para ajudar no trabalho das observações, os astrônomos estão começando a planejar os futuros telescópios, capazes de detectar diretamente os planetas que tenham tamanhos similares à Terra e que estejam dentro da zona habitável. O maior desafio será usar a própria luz refletida pelo planeta e confirmar se sua atmosfera e superfície são similares às da Terra.
Ford e seus colegas acreditam que para vencer esse desafio é necessário saber como a Terra seria vista se observada por extraterrestres hipotéticos.

Observando a Terra
Os astrônomos reconhecem que mesmo usando telescópios poderosos, seria necessário observar a Terra por diversas semanas a fim de captar luz suficiente para identificar a química da atmosfera. Durante essas observações o brilho da Terra sofreria alterações, primeiramente devido à movimentação das nuvens dentro e fora do campo visual.
Se os astrônomos-ETs tentarem medir o período de rotação da Terra, poderiam então saber quando determinada área do planeta estaria iluminada. O problema é que eles não estariam seguros quanto à mudança dos padrões das nuvens, que se altera de forma caótica. Isso praticamente tornaria impossível determinar o período de rotação da Terra diretamente.
Baseado em dados coletados por satélites de sensoriamento remoto, Ford e sua equipe criaram um modelo de brilho da Terra, revelando que em escala global a cobertura de nuvens do nosso planeta é muito consistente, com as florestas tropicais quase sempre nubladas, as regiões áridas limpas, etc. Como resultado, os astrônomos extraterrestres que estivessem observando a Terra por diversos meses iriam notar a repetição dos padrões. Segundo Ford, o estudo dessa repetição por um longo tempo permitiria calcular o período de rotação de 24 horas.
Calculado o período de rotação, os astrônomos extraterrestres poderiam inferir que as anomalias de brilho seriam causadas por mudanças no padrão meteorológico, mais especificamente por nuvens. Apesar de que diversos planetas são muito nebulosos, a repetida presença ou ausência de nuvens sempre indica alguma atividade meteorológica. Na Terra, essa variabilidade resulta da transformação da água em vapor e novamente em água. Dessa forma, possíveis variações similares que forem detectadas em outros planetas poderiam indicar a presença de água líquida.
"Vênus está sempre coberto de nuvens, Seu brilho nunca muda. Marte praticamente não tem nuvens. A Terra, no entanto, apresenta uma enorme quantidade de variações", diz Ford. O cientista também explica que as mudanças nos padrões de brilho também podem indicar a presença de continentes e massas de água.
A pesquisa também deverá ajudar na construção de novos telescópios espaciais, já que norteará na elaboração das características requeridas para estudar a superfície de planetas similares à Terra. Segundo Ford, o estudo mais aprofundado de planetas dentro da zona habitável irá requerer a construção de um telescópio pelo menos duas vezes maior que o Hubble.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sandy

Normalmente, os satélites mostram as tempestades e furacões quase sempre do mesmo ponto de vista, em que as camadas superiores da tormenta aparecem sempre em primeiro plano. No entanto, através de pulsos de radar alguns satélites conseguem penetrar dentro da tempestade, permitindo aos cientistas entenderem melhor o interior desses sistemas.
Furacao_sandy - Imagem de Perfil
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Durante a passagem do furacão Sandy sobre as Caraíbas e EUA, muitos satélites sobrevoaram diversas vezes o sistema, registrando seu tamanho e movimento. Para isso, quase todos fizeram uso dos comprimentos de onda da luz visível ou infravermelho e só registraram imagens vistas de cima.

No dia 29 de outubro, quando Sandy estava sobre a costa leste dos EUA, outro satélite, chamado Cloudsat, também estava observando a tormenta, mas de forma um pouco diferente. Ao invés de registrar a luz emitida ou refletida no espectro visível, Cloudsat estava literalmente bombardeando Sandy com intensos pulsos de radar. O objetivo era registrar os ecos recebidos após os pulsos serem refletidos pelo gelo e pela água no interior da tempestade.

Como as partículas de gelo e de água refletem os sinais de radar com intensidades diferentes, é possível identifica-las com facilidade. A altitude das partículas também pode ser determinada com bastante precisão medindo-se o tempo que as ondas levam desde o momento da emissão até a captação do seu eco. O resultado dessa sondagem é a produção de uma imagem transversal do perfil da nuvem, como se a tempestade fosse cortada verticalmente e então observada de lado.

A imagem acima mostra uma composição entre os dados registrados pelo radar a bordo do satélite Cloudsat e de uma imagem feita pelo satélite Aqua, da Nasa, feita no mesmo dia. A linha amarela é o caminho que o Cloudsat fez sobre a tempestade às 18h00 UTC (16h00 BRST - Hora de verão de Brasília).



Nos dados dos Cloudsat, as áreas azuis mais escuras representam nuvens e gotas de chuva refletidas com mais intensidade pelos pulsos de radar e revelam grandes volumes de precipitação com gotas maiores de chuva. A linha azul no centro da imagem é a linha de congelamento. As partículas de gelo se formam acima dela e as gotas de chuva, abaixo.

Na imagem de satélite, toda a massa de nuvens parece homogênea, mas quando sondadas pelo radar é possível constatar que a região esquerda da foto quase não reflete sinais, já que é formada por nuvens do tipo cirrus, com quase nenhuma precipitação.

Outro detalhe interessante são as linhas azuis intensas observadas na parte inferior dos dados do radar. Elas se localizam exatamente sob as áreas com menor precipitação, onde os pulsos emitidos não foram refletidos e chegaram até o nível do solo. Nas áreas de grande precipitação essa linha está ausente, já que as emissões foram totalmente refletidas antes de atingiram o solo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

257 anos após...


Visite Lisboa antes do terramoto de 1755

Há 257 anos, no dia 1 de novembro de 1755, um dos maiores terramotos da História destruiu Lisboa. Agora, usando a tecnologia do ambiente virtual Kitely, pode passear pela primeira vez pelas ruas, praças e edifícios da cidade, tal como eram antes da catástrofe.



A Galeria Real, local de embarque e desembarque do rei e da sua comitiva para o Palácio da Ribeira. À direita vê-se o Torreão poente do Terreiro do Paço e à esquerda uma parte do edifício da Ópera do Tejo. Entre as duas construções, sobressai a Torre Canevari ou Torre do Relógio
A Galeria Real, local de embarque e desembarque do rei e da sua comitiva para o Palácio da Ribeira. À direita vê-se o Torreão poente do Terreiro do Paço e à esquerda uma parte do edifício da Ópera do Tejo. Entre as duas construções, sobressai a Torre Canevari ou Torre do Relógio

Quer passear pelas praças, ruas e edifícios mais emblemáticos do centro de Lisboa tal como eram antes do terramoto de 1 de novembro de 1755? Agora pode fazê-lo usando a tecnologia de mundos virtuais do Kitely, graças a um projeto científico, inédito a nível mundial, que pretende recriar vitualmente a memória da cidade destruída por um dos maiores terramotos da História.
O projeto chama-se "Cidade e Espectáculo: uma visão da Lisboa Pré-Terramoto", foi desenvolvido por uma equipa coordenada pelos historiadores Alexandra Gago da Câmara, Helena Murteira e Paulo Rodrigues, investigadores do Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA) da Universidade de Évora, e conta com a parceria da empresa Beta Technologies.
A iniciativa foi divulgada há cerca de dois anos, mas como está em desenvolvimento, não permite ainda que os investigadores ou o público em geral possam passear pela Lisboa pré-terramoto. 
Por isso mesmo, e para assinalar os 257 anos do terramoto de 1 de novembro de 1755, os seus promotores disponibilizaram temporariamente, em exclusivo para o Expresso, uma parte da Lisboa pré-terramoto já reconstruída para ser visitada pelos leitores através da tecnologia que é também usada no Kitely
Os leitores podem também ver (no final deste artigo) uma galeria fotográfica dessa Lisboa desaparecida e um video narrado em inglês, feito para a apresentação do projeto em variadas conferências internacionais que já tiveram lugar na Áustria, Reino Unido, Alemanha, República Checa e Bélgica. O projeto está neste momento mais adiantado do que esse video e a própria tecnologia de foto-realismo usada também evoluíu. 

Descobrir a cidade desaparecida 


A realidade a recriar pelo projeto da Universidade de Évora pretende abranger o desenho urbano de Lisboa, o tecido arquitectónico do conjunto desaparecido e os interiores de alguns edifícios mais emblemáticos, tais como o Palácio Real, a Patriarcal, a Ópera do Tejo, o Convento de Corpus Christi e o Hospital de Todos-os-Santos. 
A Lisboa anterior ao terramoto de 1755 desapareceu quase completamente, não só com a catástrofe de 1 de Novembro, mas também com a reconstrução empreendida pelo futuro Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, da qual resultou uma cidade de traçado regular e quarteirões uniformes. Da Lisboa barroca ficou apenas a memória de uma cidade mítica que perdura até hoje e cujas descrições oscilam entre a extrema miséria, a devoção religiosa e a desmedida opulência.
"O primeiro objectivo do projecto é, precisamente, resgatar a realidade urbana absorvida pela memória mítica através de uma visualização digital e interativa, menos abstrata que o discurso narrativo. E não condicionada a um único ponto de vista ou somente à percepção visual, como sucede com o formato bidimensional das plantas, desenhos e gravuras ou com o formato tridimensional das maquetas convencionais", explica ao Expresso a historiadora Alexandra Gago da Câmara.

Ouvir os sons das praças e ruas da capital



O Terreiro do Paço em 1650, segundo o pintor holandês Dirk Stoop. Na praça vêem-se nobres, comerciantes, padres e soldados. São também visíveis o Paço da Ribeira, o Tejo, o cais e à direita em segundo plano, o Convento de São Francisco
O Terreiro do Paço em 1650, segundo o pintor holandês Dirk Stoop. Na praça vêem-se nobres, comerciantes, padres e soldados. São também visíveis o Paço da Ribeira, o Tejo, o cais e à direita em segundo plano, o Convento de São Francisco

No futuro, haverá também componentes áudio e de animação, com a introdução de sons do ambiente citadino setecentista, e a reconstituição de espectáculos de ópera, touradas, procissões e outros eventos de destaque no quotidiano da Lisboa da primeira metade do século XVIII.
Na fase actual do projeto foi recriado o exterior do conjunto do antigo Paço da Ribeira que inclui, para além do Palácio da Ribeira, a Rua da Capela, a Praça da Patriarcal, a Torre do Relógio, a Casa da Ópera e o espaço confinante da Ribeira das Naus. O mais antigo teatro público de Lisboa, o Pátio das Arcas, foi igualmente recriado.
Todo este conjunto encontra-se ainda em modelação, podendo sofrer retificações de acordo com o avanço de todo trabalho de investigação.
A historiadora Helena Murteira esclarece que "a utilização da tecnologia Kitely permite que a recriação virtual de Lisboa antes do terramoto de 1755 ultrapasse as ferramentas tradicionais da modelação em 3D, ainda presas à contemplação, tornando possível que qualquer pessoa visite a cidade dessa época do conforto da sua casa. E até possa imergir e interagir virtualmente no seu contexto físico, social e cultural, inclusivamente partilhando-o com outros utilizadores e ganhando, deste modo, também uma dimensão social".

Aprender história e investigar de forma inovadora


As potencialidades didáticas da aplicação desta tecnologia à recriação de uma cidade histórica desaparecida são inúmeras. Mas também há potencialidades científicas, na medida em que a plataforma Kitely (compatível com a aplicação de mundos virtuais Second Life) torna a recriação virtual em algo mais que uma sofisticada maqueta de alta definição e interativa.
De facto, "confere a dimensão laboratorial possível, mas urgente, à investigação nas áreas da história urbana e da arquitetura ao suportar, a baixo custo e em tempo real, a experimentação das conclusões retiradas da análise e da interpretação das fontes documentais e iconográficas para o estudo da cidade, cuja validade pode ser assim debatida e verificada", afirma o historiador de arte Paulo Rodrigues.
Inicia-se assim uma nova metodologia de investigação em que a recriação é o principal instrumento de análise da Lisboa desaparecida depois de 1 de Novembro de 1755, e não a sua etapa final, "enquanto síntese ilustrativa dos resultados obtidos pelo processo tradicional baseado na descrição documental, na representação iconográfica e na interpretação arqueológica".

Testar as fontes documentais


Mas como pode uma recriação virtual ser um instrumento de análise? "Testando a informação retirada das fontes documentais, iconográficas e arqueológicas numa dimensão virtual que recrie a implantação urbana, a escala, a disposição e o desenho interior e exterior dos edifícios desaparecidos, a realidade ambiental, espacial e paisagística do construído", salienta por sua vez Alexandra Gago da Câmara.
Isto é, verificando, por exemplo, a possibilidade, em termos de espaço urbano, de os corpos de um determinado conjunto edificado se articularem com o que é descrito ou representado na documentação, o mesmo se passando com a arquitetura da estrutura interna de um edifício ou com a configuração da sua fachada.
"Na plataforma Kitely é possível propor uma recriação, debatê-la e actualizá-la em tempo útil e a baixo custo. Permite ainda que esta actualização científica alimente diretamente a dimensão didática, recreativa e de divulgação do projecto", acrescenta a mesma investigadora.
Fique a conhecer as ruas, praças e edifícios da capital antes de 1 de novembro de 1755 visitanto o projeto "Cidade e Espectáculo: uma visão da Lisboa Pré-Terramoto" .