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sábado, 25 de abril de 2020

A poluição e o coronavírus

             Nos últimos tempos, muito se tem falado acerca desta terrível pandemia que já privou o mundo de muitas das suas liberdades e colocou em isolamento grande parte da população mundial. As dúvidas, os receios, as tristes e trágicas notícias invadem progressivamente a nossa mente nos últimos dias, mostrando um cenário apenas e só desastroso e infeliz. No entanto, engane-se de quem acha que tudo isto é negativo e que nada houve de positivo ao longo destes tempos, até pelo contrário, muitos dos problemas que algumas sociedades enfrentavam acabaram por melhorar, exemplo disso é a poluição.
             A poluição contrariamente, a muitas outras coisas, tem tido, nestes últimos tempos, os seus primeiros dias “menos maus” e, isto tudo, em consequência do confinamento a que muitas pessoas têm estado sujeitas nesta época. É fácil imaginar o porquê destes índices estarem a reduzir cada vez mais, a cada dia que passa. Apontamos em seguida algumas razões que levaram à diminuição dos índices de poluição nos últimos tempos.

China antes e depois do confinamento
Fonte: NASA

Circulação Rodoviária


             Não é novidade para ninguém o porquê deste ser um dos fatores que contribuiu para a quebra dos índices de poluição nos últimos tempos. Com a população maioritariamente confinada ao isolamento em suas casas o tráfego rodoviário decresceu a pique nas últimas semanas, atingindo dias históricos. 
             A diminuição do número de carros nas estradas, levou ao decréscimo da concentração de dióxido de azoto nas cidades, tal como podemos comprovar através deste gráfico.

Fonte: APA/Público


Setor da Aviação


             Com um mundo cada vez mais globalizado, o setor da aviação tornou-se importante permitindo o transporte de mercadorias e de pessoas entre diversas regiões e países. No entanto, devido a esta pandemia, grande parte dos países encerrou as suas fronteiras e suspendeu diversos voos, levando a quebras substanciais do tráfego de passageiros e de mercadorias um pouco por todo mundo, tal como mostra o seguinte gráfico nos aeroportos portugueses.

Fonte: Flight Radar/Público
             Tal como acontece no setor rodoviário, também no setor da aviação, quanto menor for o número de viagens, menor será a emissão e consequente concentração de gases poluentes, na atmosfera. 
             Estima-se que derivado deste cofinamento a concentração de dióxido de azoto tenha diminuído em cerca de 80% em Lisboa, registando o valor mais baixo neste século.

A diminuição da poluição reduz o risco de contágio


             A poluição todos os anos é responsável pela morte de mais de sete milhões de pessoas, em todo o mundo, ocorrendo a grande parte delas nos países em desenvolvimento. Nestes locais não existem grandes preocupações a nível ambiental, nem mesmo políticas que incitem à redução dos níveis de dióxido de carbono e de azoto na atmosfera.
Fonte: Our Daily Planet

O que se conclui?


             Com base em todos estes argumentos, conclui-se que a redução do tráfego aéreo e automóvel levou à redução substancial dos níveis de dióxido de azoto, durante o tempo de confinamento. Esta atenuação, tal como vimos, foi bastante positiva, uma vez que levou a uma diminuição do número de infeções respiratórias derivadas à concentração excessiva deste gás na atmosfera, aumentando assim a imunidade da sociedade contra as doenças pulmonares, como é o caso do novo coronavírus.

             Para terminar o artigo de hoje, deixo-vos com algumas imagens impressionantes, mostrando os efeitos que o confinamento provocou na melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades. (Adnan Abibi/Reuters)

               


Obrigado,
Miguel Tavares




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