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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Descobertos planetas "bons candidatos à presença de vida"



foto AFP
Descobertos planetas "bons candidatos à presença de vida"

Astrónomos identificaram um sistema estelar, muito próximo da Terra, com pelo menos sete planetas, três dos quais a orbitar uma estrela numa região onde a água pode existir em estado líquido, informou, esta terça-feira, o Observatório Europeu do Sul.

Segundo uma nota do OES, organização da qual Portugal é um dos países-membros, trata-se do "primeiro sistema que se descobre onde a zona habitável se encontra repleta de planetas", o que os torna "bons candidatos à presença de vida". 
Uma equipa de astrónomos combinou novas observações da estrela Gliese 667C com dados recolhidos anteriormente pelo instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do OES, no Chile. 

A estrela tem cerca de um terço da massa do Sol e faz parte do sistema estelar triplo Gliese 667, localizado a 22 anos-luz de distância na constelação de Escorpião, encontrando-se, por isso, muito próximo da Terra, na "vizinhança solar", adianta o Observatório Europeu do Sul. 

Três dos sete planetas revelados são super-Terras, planetas com mais massa do que a Terra, mas com menos massa do que Urano ou Neptuno. Estão na zona habitável da Gliese 667C, "uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente", se estiverem reunidas as condições adequadas. 
"O número de planetas potencialmente habitáveis na nossa Galáxia é muito maior se esperarmos encontrar vários em torno de cada estrela de pequena massa. Em vez de observarmos dez estrelas à procura de um único planeta potencialmente habitável, podemos agora olhar para uma só estrela e encontrar vários planetas", salienta o astrónomo Rory Barnes, coautor da investigação e professor na Universidade de Washington, nos Estados Unidos. 

O Observatório realça que sistemas compactos em redor de estrelas como o Sol "são bastante abundantes na Via Láctea", sendo que os planetas que "orbitam muito próximo da estrela hospedeira são muito quentes e dificilmente serão habitáveis".  

Contudo, isso já não sucede com planetas a orbitar estrelas muito mais finas e ténues como a Gliese 667C.  
"Neste caso, a zona habitável situa-se inteiramente dentro duma órbita do tamanho da de Mercúrio, ou seja, muito mais próxima da estrela que do nosso Sol", sublinha o OES. 
De acordo com o Observatório, os três planetas situados na zona habitável e dois outros que se encontram mais próximo da estrela "apresentam sempre a mesma face virada à estrela", o que quer dizer que "o seu dia e o seu ano têm a mesma duração, e num lado do planeta é sempre de dia, enquanto no outro é sempre de noite". 

terça-feira, 25 de junho de 2013

A "Super Lua" vista pelos portugueses



Foto que o leitor Francisco Marques chama Uma luz no meio da escuridão

A lua cheia de ontem esteve maior e mais brilhante do que o habitual, a "pedir" para ser fotografada.
Este fenómeno acontece uma vez por ano, quando a fase de Lua Cheia ocorre perto do perigeu, ponto da órbita da Lua mais próximo da Terra. Nestas condições, a lua cheia é maior e mais brilhante. Mas esta noite, o tamanho e o brilho da lua cheia será ainda maior, uma vez que a lua cheia estará mais perto do perigeu orbital, a 21 minutos de distância, explicou hoje à Lusa o diretor do OAL, Rui Agostinho, acrescentando que a "Super Lua" de 2013 só voltará a suceder dentro de 18 anos.
Segundo o OAL, a lua cheia terá um tamanho 14 por cento maior e será 30 por cento mais brilhante do que a lua cheia no apogeu, ponto da órbita da lua mais distante da Terra.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Descoberta fratura tectónica ao largo da costa

Descoberta fratura tectónica ao largo da costa
Fratura descoberta no fundo oceânico mostra que a zona de fronteira entre o oceano e o continente está a ficar activa.
Até agora era uma suspeita de geólogos portugueses, mas um grupo internacional de investigadores, cujo principal autor foi justamente um português, João Duarte, nesta altura a trabalhar na universidade australiana de Monash, acaba de observar os primeiros sinais de que uma zona de subducção está a formar-se ao largo da costa ocidental de Portugal. No final de contas, essa poderá ser a explicação para a particular violência do sismo que em 1755 arrasou Lisboa.
De forma simples, o que parece estar a acontecer é que, no fundo do Atlântico, ao largo da costa portuguesa, o ponto de contacto (que os geólogos designam como margem), entre o oceano e o continente está a tornar-se activo. E isso significa que está ali a iniciar-se uma nova zona de subdução, em que que a litosfera oceânica mergulha sob a litosfera continental - a litosfera é constituída pela crosta terrestre e a parte superficial do manto terrestre.
Para chegar a esta conclusão, a equipa, que incluiu os portugueses Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa, além de investigadores franceses e australianos, fez mapeamento do fundo oceânico naquela zona. E o que verificou foi que uma fractura está ali em formação. O estudo foi publicado este mês na revista Geology.
"O que detetámos foi o início de uma margem ativa que parece ser uma zona de subducção embrionária", afirmou João Duarte, citado num comunicado da Universidade de Monash.
A ideia de que uma zona de subdução poderia estar a nascer ao largo da costa ocidental da Península Ibérica foi publicada pela primeira vez em 1986 pelos geólogos portugueses António Ribeiro e João Cabral. Para ambos essa era a explicação lógica para a ocorrência de um sismo tão violento como o de 1755 nesta região.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Google tem plano secreto de enviar balões para o espaço


Google tem plano secreto de enviar balões para o espaço


A Google revelou hoje que quer enviar balões para o espaço, com o objetivo ambicioso de levar Internet aos dois terços da população mundial que não têm acesso à web.


Cientistas do gigante tecnológico lançaram 30 balões cheios de hélio, voando 20 quilómetros acima de Christchurch, na Nova Zelândia, e levando antenas ligadas a estações em terra, afirma a empresa em comunicado.

Ainda na sua fase inicial, o "Projeto Loon" espera poder vir a lançar milhares de balões, para fornecer Internet a partes remotas do mundo, permitindo que mais de quatro mil milhões de pessoas sem acesso fiquem on-line.
"Balões, transportados pelo vento até altitudes duas vezes superiores às atingidas por aviões comerciais, podem levar a Internet até ao solo, a velocidades semelhantes ou superiores às das atuais redes 3G ou mais rápida", disse a Google em comunicado.

Embora reconhecendo que ainda "é muito cedo", a Google considera possível que "um anel de balões, voando ao redor do mundo em ventos estratosféricos, possa ser uma maneira de fornecer acesso à Internet em zonas rurais, remotas e carentes, ou ajudar após desastres, quando as infraestruturas de comunicação existentes são afetadas".
O sistema funciona por estações terrestres ligadas a infraestruturas da internet local e emitindo sinais para os balões, que são autoalimentados por painéis solares.

domingo, 16 de junho de 2013

Descoberto o planeta que não deveria existir


Descoberto o planeta que não deveria existir

Fotografia © Nasa, ESA
Um grupo de cientistas descobriu provas de que um planeta se está a formar a uma distância nunca antes vista da sua estrela, o que desafia uma das atuais teorias acerca da formação de planetas.
Esta massa descoberta através do telescópio Hubble, da Nasa, está a 12 mil milhões de quilómetros da sua estrela, ou seja, o dobro da distância existente entre Plutão e o Sol.
Dos cerca de 900 planetas fora do sistema solar que foram confirmados até agora, este é o que está mais distante da sua estrela. Está em órbita em redor da TW Hydrae, uma estrela anã laranja que se encontra a aproximadamente 176 anos luz de distância da Terra.
A teoria mais aceite para a formação planetária diz que um planeta a 12 mil milhões de quilómetros do seu sol deveria levar 2 mil milhões de anos a formar-se. mas a TW Hydrae tem apenas 8 mil milhões de anos, pelo que dificilmente teria planetas.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Gelo seco pode ter provocado sulcos nas dunas de Marte


Gelo seco pode ter provocado sulcos nas dunas de Marte

Fotografia © NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona

A Agência Espacial norte-americana acredita que os sulcos detetados nas dunas de Marte podem ter tido origem em blocos de CO2 congelado e não em água.

A suspeita, publicada esta terça-feira no site da NASA, parte da observação das imagens captadas pela sonda espacial Mars Roconnaissence Orbiter e de experiências realizadas nas dunas de areia em Utah e Califórnia.
"Sempre sonhei ir a Marte", afirmou Serina Diniega, na Nasa. "Agora sonho em fazer 'snowboard' sobre um bloco de gelo seco numa duna de Marte", acrescentou a cientista.
Os sulcos nas dunas de Marte apresentam largura relativamente constante e, ao contrário do que acontece na Terra, com a erosão provocada pelos fluxos de água, em Marte não há acumulação de detritos.

NASA capta imagens de tornado no Sol


O fenómeno durou 38 horas e a sua violência é muito maior do que os tornados que acontecem na Terra.

As impressionantes imagens foram captadas entre 3 e 4 de junho e mostram um tornado no Sol. Se na Terra os tornados podem ser extremamente violentos e provocar estragos catastróficos, os tornados no Sol são mil vezes piores.
Este tipo de fenómeno pode prejudicar o funcionamento de satélites e da rede elétrica.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Apple anuncia o novo serviço de streaming e apresenta o iOS 7



Em São Francisco, a Apple anunciou o seu próprio serviço de `streaming` de músicas, intitulado iTunes Radio, numa tentativa de se intrometer numa guerra que conta com adversários de peso, como Spotify, LastFm e Pandora.

O serviço da Apple, que agrupa músicas por estações, adaptadas aos gostos dos utilizadores, será gratuito mas incluirá anúncios publicitários. Existe também uma modalidade sem anúncios para todos os que adquirem uma subscrição do iTunes Match.

Por enquanto, o iTunes Radio encontra-se apenas disponível nos Estados Unidos, mas em breve deverá chegar a outros países.

Tim Cook, diretor executivo da Apple, revelou também mais pormenores sobre o iOS 7, descrevendo a nova versão dste sistema operativo - que equipa o iPhone, o iPad e o iPod Touch – como «a maior mudança» que este já sofreu desde que o iPhone foi lançado.

A nova versão do iOS inclui várias mudanças no design, inclusivamente em aplicações como o e-mail, o calendário e as mensagens escritas.

Foi também revelada a nova versão do sistema operativo OS X, chamada Mavericks, que inclui várias melhorias no consumo de energia e desempenho, e oferece uma maior integração com o iPhone e o iPad.

domingo, 9 de junho de 2013

Pistas "check-up" portuguesas fazem sucesso internacional


Projeto que consiste em equipar pistas ou circuitos pedestres com equipamentos simples de rastreio médico para que os cidadãos possam despistar, por si mesmos, possíveis doenças está a fazer sucesso a nível mundial com encomendas para a Bélgica, Angola, Emirados Árabes Unidos, Caraíbas e América Latina.

Este projeto inovador, com o mote "Avalia-te a ti mesmo", consiste no aproveitamento de estruturas já existentes, como circuitos urbanos e pistas pedonais, nas quais se instalam equipamentos médicos que permitem fazer um auto-rastreio, de forma gratuita. De origem 100% portuguesa, as pistas medicalizadas não pretendem substituir uma consulta medica, mas antes alertar os utilizadores a procurarem um especialista caso encontrem quaisquer anomalias durante o autorrastreio.
As pistas "check-up" têm numa zona interior com equipamentos para um autoexame através do qual, com simples testes, o utente fica a saber se há necessidade ou não de consultar o medico. Os equipamentos permitem, entre outras coisas, medir a pressão arterial ou perímetro abdominal.
Na zona exterior existem vários painéis informativos que mostram qual a forma correta de realizar exercícios físicos e que contêm indicadores simples que permitem aos utilizadores regularem o seu estado de saúde e prevenirem certos hábitos e comportamentos de risco.
Além disso, caso haja uma emergência médica todas estas pistas estão equipadas com um desfibrilhador.
O conceito, que ganhou uma menção honrosa na Bienal de Design Ibero-Americano, em Madrid, foi já apresentado à Organização Mundial de Saúde que, segundo António Lúcio Baptista, medico cirurgião e CEO da Ibéria Advanced Health Care (empresa que desenvolveu este projeto), ficou entusiasmada. Estão agora a ser desenvolvidos estudos no âmbito do risco cardiovascular e da saúde mental, que posteriormente também serão apresentados à mesma entidade.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cientistas apelam à proteção da Grande Barreira de Coral


Cientistas apelam à proteção da Grande Barreira de Coral

Fotografia © dr
Mais de 150 cientistas alertaram o Governo australiano para o eventual impacto negativo do desenvolvimento industrial sobre a Grande Barreira de Coral, o maior sistema coralino do mundo, informou hoje a imprensa local.
Este apelo surge menos de duas semanas depois de o Comité do Património Mundial se ter reunido para discutir se a Grande Barreira, no nordeste da Austrália, deverá ser incluída na lista de Património Mundial ameaçado, segundo a agência AAP.
No mês passado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) exortou as autoridades australianas a tomarem medidas "urgentes" para evitar a deterioração da Grande Barreira de Coral e defendeu a sua inclusão na lista de Património Mundial ameaçado.
Os cientistas da Universidade James Cook (Austrália), da Universidade do Havai (Estados Unidos) e de outras 30 instituições consideram que a construção de novos portos, a dragagem em larga escala e o aumento do tráfego de cargueiros com a expansão da exploração mineira e energética acelerarão a deterioração da Grande Barreira.
O ecologista Hugh Possingham da Universidade de Queensland observou que, nos últimos 27 anos, mais de metade dos corais que cobrem a Grande Barreira se degradaram.
Um relatório recente da UNESCO aponta que 43 projetos de desenvolvimento das imediações da Grande Barreira foram apresentados e o Governo australiano e do Estado de Queensland não adotaram as medidas necessárias para melhorar a qualidade da água na área.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Descoberto planeta mais leve fora do Sistema Solar


Descoberto planeta mais leve fora do Sistema Solar

Fotografia © ESO
Uma equipa internacional de astrónomos obteve a imagem do que pode ser o planeta mais leve fora do Sistema Solar, informou hoje em comunicado o Observatório Europeu do Sul (OES), organização da qual Portugal faz parte.
Para o OES, a descoberta pode representar um contributo importante para o estudo da formação e da evolução dos sistemas planetários.
O exoplaneta (planeta que orbita outra estrela sem ser o Sol) detetado, com o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul, tem uma massa quatro a cinco vezes maior do que a de Júpiter. Contudo, "pode bem ser o planeta com menos massa a ser observado fora do Sistema Solar de forma direta", ressalva o OES.
De acordo com o Observatório, o planeta aparece como um ponto ténue, mas bem definido, próximo de uma estrela brilhante, a HD 95086. Desloca-se lentamente com a estrela, ao longo do céu, o que sugere, na ótica do OES, que o corpo celeste, designado como HD 95086 b, está em órbita da estrela.
O planeta orbita a sua estrela a uma distância quase 56 vezes maior do que a que separa a Terra do Sol, o que equivale a duas vezes a distância entre o Sol e Neptuno.
A estrela HD 95086 é jovem, tem 10 a 17 milhões de anos, o que levou os astrónomos a pensarem que o novo exoplaneta se formou, provavelmente, no interior do disco gasoso e poeirento que a circunda.