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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Nasa resolve mistério de rocha em formato de 'donut' achada em Marte

A Nasa, (Agência Espacial americana) resolveu o mistério sobre uma curiosa rocha achada em Marte no final de janeiro, que parecia ter saído do nada e foi apelidada popularmente de "donut" por causa de sua aparência peculiar. 
Segundo Nasa, fragmento se soltou de uma rocha maior. Foto: NASA/AP
O que surpreendeu os cientistas não foi apenas o seu aspecto estranho, mas, sobretudo, porque não encontravam explicação para como ela tinha aparecido, já que a rocha é só vista na segunda de duas fotografias tiradas apenas com duas semanas de diferença pelo robô Curiosity sobre a mesma porção de superfície no planeta Marte. 

A Nasa pôs fim nesta sexta-feira ao mistério ao explicar que o enigmático "donut" não era mais que um fragmento que se soltou de uma rocha maior que tinha deslocado com suas rodas o próprio robô, um engenho espacial que inspeciona a superfície de Marte na busca de novas descobertas sobre este planeta desde o dia 6 de agosto de 2012. 

"Uma vez que movimentamos o robô Opportunity, após inspecionar a rocha Pinnacle Island, pudemos ver diretamente de cima uma rocha que tinha a mesma aparência incomum e estranha. Nós passamos por cima com o robô. Pudemos ver as marcas. Daí é de onde veio Pinnacle Island", disse o membro do projeto Ray Arvidson, da Universidade de Washington em St. Louis.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Enigma astronómico de Galileu é decifrado depois de 400 anos

Quando observado a olho nu, Vénus aparenta ter uma “coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter. 
Vênus, acima, e Júpiter, abaixo, aparecem na noite de Londres, na Inglaterra. Foto: Getty Images
O planeta Vénus está mais próximo da Terra do que Júpiter e brilha mais forte que o astro gasoso durante a noite. Entretanto, este fato, por si só, não explica todo o seu destaque no céu. Há uma razão perfeitamente plausível para entendermos como os olhos percebem a luz em comparação com a realidade óptica de um telescópio, de acordo com o jornal The Independent. Quando observado a olho nu, Vénus aparenta ter uma “coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter. 

O astrónomo italiano Galileu Galilei foi o primeiro a perceber que esta “coroa” estaria relacionada à percepção humana ou, como ele descreveu, um “impedimento dos olhos”, a qual seria eliminada pelos telescópios. Mas, para ele, este impedimento seria uma interferência no modo como as luzes das estrelas são processadas pelo olho humano. 

Entretanto, cientistas agora mostram que este efeito é causado pela forma como células sensíveis à luz nos olhos respondem às imagens de intensidades diferentes em um cenário escuro. Vênus aparece maior porque sua imagem é exagerada pelo centro visual do cérebro. Assim, é criada uma “coroa radiante” mais resplandecente que de Júpiter, segundo o estudo publicado pela National Academy of Sciences. 

Eles acreditam que o efeito influencia o modo como enxergamos porque a retina humana e o cérebro estão sintonizados para responder aos contrastes de objetos de luz contra um fundo escuro. “Galileu foi o primeiro a afirmar que nosso olho distorcia a realidade. Ele conseguia ver que Vênus parecia ser muito maior que Júpiter quando visto a olho nu – e que o oposto seria verdadeiro quando visto através de um telescópio”, disse Jose-Manuel Alonso, da New York College of Optometry.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Curiosity fotografa a Terra e a Lua durante o pôr do Sol


O Curiosity, da agência espacial americana (NASA), que está há mais de um ano em Marte, fez um belo registro da Terra e Lua do solo marciano. 

Imagem feita pelo Curiosity mostra a Terra e Lua vistas do solo marciano. Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS/TAMU
Na fotografia, divulgada nesta quinta-feira (6), nosso planeta aparece a brilhar imenso, parecendo uma estrela. 

Segundo a agência, o equipamento fez o registo no último dia 31, durante o pôr do Sol. No momento da imagem, a distância entre a Terra e Marte era de 160 milhões de quilómetros. 
IMPRESSIONANTE!!!!!!!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Satélite estudará 1 bilhão de estrelas para formar mapa da Via Láctea


Um mapa tridimensional da Via Láctea começa a ser produzido por um dos objetos mais caros e avançados já lançados pelo ser humano ao espaço.
Embora superlativos, os números não dão conta de dimensionar o verdadeiro tamanho da empreitada: 1 bilião de estrelas investigadas, centenas de pesquisadores de diversos países envolvidos e 1 bilião de euros investidos. Esses esforços financeiros e científicos foram necessários para a concretização da Gaia, missão da Agência Espacial Europeia que atingiu sua órbita em janeiro para revelar a, partir de agora, a composição, a formação e a evolução da nossa galáxia. 
Além da quantidade de estrelas monitoradas, cerca de 1 bilião, a missão se diferencia pela qualidade dessa observação. “Isto é, a precisão com que realizará medidas astrométricas, fotométricas e espectroscópicas. Os dados irão solucionar um problema fundamental de toda a astronomia, que é o conhecimento das distâncias dos astros de maneira confiável. Sem o conhecimento das distâncias, não podemos converter aquilo que observamos, aparente, em absoluto. Em resumo, o Gaia nos revelará o Universo em três dimensões”, descreve Ramachrisna Teixeira, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). 

Mesmo assim, talvez o tamanho do desafio ainda não esteja claro. Por isso, o professor explica: “Para se ter uma boa ideia, basta lembrar que atualmente conhecemos ‘bem’ a distância de aproximadamente 30 mil estrelas e passaremos a 150 milhões. Ou ainda, atualmente conhecemos ‘muito bem’ a posição de aproximadamente 700 estrelas e passaremos a 18 milhões”. 

Assim, a maneira restrita como o ser humano vê o universo tem data para acabar. Os primeiros resultados do Gaia deverão aparecer por volta de 2017, e os resultados definitivos, em 2020. Equipado com dois telescópios, fotômetros azuis e vermelhos e espectrômetro de velocidade radial, o satélite não enviará imagens à Terra, e sim números que representam a intensidade de luz e as posições relativas das fontes, elucida Teixeira. “Com o nível de precisão do Gaia, muitas novidades em termos da origem, estrutura e evolução da Galáxia e das estrelas são esperadas”. Espera-se também a detecção de planetas extrassolares e asteroides ainda não contabilizados no Sistema Solar.​ 

Órbita 

Em janeiro, sem muito alarde, o satélite europeu chegou a sua órbita planejada, a 1,5 milhão de quilómetros da Terra (no sentido contrário ao do Sol). Mas o que o satélite orbita de fato? Na verdade, nada. É um dos chamados pontos de Lagrange (L2), ideias para a missão. Markus Landgraf, analista no centro de operações da ESA em Darmstadt, na Alemanha, explica: “São pontos onde as forças gravitacionais entre duas massas, como o Sol e a Terra, se somam para compensar pela força centrífuga do movimento da Terra ao redor do Sol, e proveem oportunidades vantajosas de observação para estudar o Sol e a nossa Galáxia". 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Empresa privada pretende lançar espaçonave em 2016

A Sierra Nevada Corporation (SNC) anunciou que sua nave espacial será lançada em 1º de novembro de 2016, mas sem tripulantes. O primeiro lançamento tripulado está planejado para 2017. As informações são do site Mashable. 
Foto: Nasa / Divulgação
A empresa fez um acordo com a United Launch Alliance, uma companhia que presta serviços de lançamentos espaciais para o governo americano. A nave da SNC será lançada por um foguete Atlas V de Cabo Canaveral.  

A SNC está entre as três empresas que receberam US$ 1,1 bilhão há dois anos da Nasa para desenvolver espaçonaves para levar astronautas ao espaço. Atualmente, os Estados Unidos têm que recorrer à Rússia para levar ao espaço os seus homens (pagando mais de US$ 70 milhões por assento), já que o programa dos vaivéns espaciais chegou ao fim. As outras companhias que receberam a verba são a Boeing e SpaceX (sendo que esta já leva cargas para a Estação Espacial Internacional). 

O programa da Nasa está a entrar na sua fase final, que resultará em um contrato com a companhia vencedora para levar os astronautas à Estação Espacial.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

11 anos depois... Acidente do Columbia


sts107_crew
O trágico acidente com o vaivém espacial Columbia, a 1 de fevereiro de 2003, que causou a morte de sete astronautas, levou a uma profunda reformulação de todo o programa espacial norte-americano.
Vídeo de Homenagem
Vídeo do Acidente:


Radiação destrói revestimento da ISS, advertem cientistas russos


A radiação cósmica está a destruir o revestimento da Estação Espacial Internacional (ISS, na silga em inglês), segundo um estudo de um grupo de cientistas russos cujos resultados foram divulgados nesta sexta-feira em Moscovo.


A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é refletida no capacete de astronauta. Foto: Nasa / Divulgação
"No final do ano passado fizemos um trabalho para o Centro Espacial Krunichev e obtivemos resultados surpreendentes: o revestimento e  a proteção do casco da ISS, está a ser destruída pela radiação", disse Yelena Deshevaya, do Instituto de Problemas Médico Biológicos (IPMB) da Academia de Ciências russa. 

A cientista, que informou dos resultados da pesquisa numa conferência na Universidade Técnica Bauman de Moscovo, explicou que este fenómeno acontece porque na composição do revestimento da plataforma espacial são usados poliamidas pouco resistentes à radiação. 

"Toda a proteção do casco (da ISS) está a ser destruída", advertiu Deshevaya, citada pela agência Interfax. 

Explicou que na IPMB os materiais com os quais é fabricado o revestimento da plataforma espacial foram testados e se estabeleceu que em um primeiro momento a radiação os fortalece, mas que depois os debilita e os torna mais frágeis. 

Este problema, acrescentou a cientista, pode ser solucionado usando polímeros resistentes à radiação. A ISS é um projeto internacional no qual participam 20 de países e que conta com financiamento até o ano 2024, embora poderia permanecer em funcionamento até 2028. 

Atualmente a bordo da plataforma espacial se encontra uma expedição integrada por seis tripulantes: os russos Oleg Kotov, Sergei Riazanski e Mikhail Tyurin, os americanos Rick Mastracchio e Mike Hopkins, e o japonês Koichi Wakata.