Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 10 de abril de 2020

5 mistérios que a ciência atual simplesmente não consegue desvendar

Boa noite a todos,
Hoje, o artigo redigido pelo nosso Miguel Carvalho, traz-nos os 5 mistérios que a ciência atual simplesmente não consegue desvendar. Um artigo diferente, fugindo um pouco à temática da COVID-19. Pretendemos trazer conteúdo mais diversificado para o blog de forma a trazer novos leitores e fazer crescer um espaço que é vosso. Esperemos que gostem.


“ The universe is under no obligation to make sense to you.” - Neil deGrasse Tyson


A ciência é, por excelência, a força motriz do progresso civilizacional. Todo o expediente tecnológico que tem incrementado a evolução da Humanidade nos últimos séculos - desde o motor de combustão até à eletrificação de cidades, desde o rádio até ao sonar, desde o motor de propulsão até ao transístor - tem como base subjacente uma atividade investigativa marcadamente científica.


Todavia, a ciência é mais do que isso. A ciência é uma forma peculiar de analisar e interpretar o mundo. Em virtude da sua natureza metódica, as descobertas científicas são o grande antídoto para o veneno da especulação e superstição. Por outras palavras, a ciência funda-se na observação, na comprovação e na verificação de factos inequívocos. Não se preocupa com a nossa orientação religiosa ou convicção política. Não se preocupa com aquilo que julgamos ser certo ou errado. Supera os nossos vulgares preconceitos. Concretiza-se na busca insaciável pela verdade, na sempre oscilante fronteira entre o conhecido e o desconhecido.

Mesmo assim, a ciência não deixa de ser uma atividade humana, condicionada pelas nossas evidentes limitações intelectuais e cognitivas. 
Deparamo-nos, atualmente,  com um conjunto de mistérios que a ciência simplesmente não consegue desvendar, seja porque transcendem a nossa capacidade observacional seja pelo seu elevado nível de complexidade.

    1. Deus existe? 
    2. Qual é a verdadeira composição do universo? 
    3. Quais processos neuropsicológicos coordenam os nossos sonhos? 
    4. O que é que acontece depois da morte?
    5.  Como justificar o Efeito Placebo?



1. Deus existe?



Projeções científicas acuradas estimam que o Universo começou há 13,8 biliões de anos com o Big Bang. Não obstante, a ciência nunca foi capaz de desvendar quer o porquê quer o que precedeu este “boom” cósmico.


Será ontologicamente possível a existência de um universo vindo do nada? O matemático Roger Penrose calculou que a probabilidade de criar o nosso universo com as múltiplas peculiaridades que lhe são reconhecidas ao nosso seria tão ínfima que traduzir-se-ia no número mais próximo de 0 que possamos imaginar.
"God The Father", Giovanni Cima

Por conseguinte, atentendo as características ímpares do nosso universo, cumpre colocar a famosa questão: terá um Ser omnipotente, contrariando todas as probabilidades, dado o impulso inicial para a formação do Universo? Será o Cosmos um produto da vontade e execução divina? Terá Deus criado o universo?

Como seria de calcular, a questão da existência de Deus, em virtude da carência de evidências observacionais científicas, encontra o seu fundamento não na ciência mas sim na espiritualidade de cada um.

Não se espera que a ciência faça grandes progressos neste domínio, nas próximas décadas.


2. Qual é a verdadeira composição do universo?


Os átomos são uma constante da nossa existência. Rodeiam tudo à nossa volta. Todavia, perfazem apenas 5% do universo. Sim, é verdade. O número total de galáxias, estrelas, planetas, cometas, asteróides, nebulosas e uma miríade de outros corpos celestes constitui apenas 5% do universo observável. Por seu turno, a composição dos restantes 95% permanece desconhecida.

Nos últimos 80 anos, os cosmólogos determinaram que a maioria do universo - 95 % - é consubstanciada em duas entidades: matéria escura e energia escura. Acredita-se que,  enquanto a matéria escura exerce efeitos gravitacionais, aproximando as galáxias, a energia escura está a contribuir decisivamente para a aceleração da expansão inflacionária do universo.

No entanto, como quer a matéria escura quer a energia escura são invisíveis à radiação eletromagnética, é impossível detetá-las e aferir a sua verdadeira composição.


3. Quais os processos neuropsicológicos que coordenam os nossos sonhos?

Sigmund Freud
Civilizações passadas acreditavam que o sonho era o portal, o vínculo de comunicação entre os homens e os deuses. Esta proposição esotérica seria, naturalmente, cientificamente refutada.
Destacou-se, neste âmbito, o contributo de Freud. Freud advogaria que os sonhos manifestam e expressam os nossos desejos subconscientes. 

É consensualmente reconhecida a importância dos sonhos na regulação dos nossos processos emocionais tal como vários estudos demonstraram que certas circunstâncias ambientais propiciam mais a existência de sonhos do que outras.

Todavia, nenhuma solução científica relativamente ao porquê de visualizarmos imagens estranhas enquanto nos encontramos em sono profundo se afigura como aceitável, no atual paradigma científico.

4. O que é que acontece depois da morte?


A comunidade científica considera 3 fases nucleares no processo da morte: morte cerebral, morte clínica - quando o coração para de bater - e morte biológica - quando todos os órgãos cessam as suas funções. No entanto, o que sucede a morte permanece um mistério para os cientistas. 

Algumas pessoas com “near death experiences“ afirmam ter sentido sensações de transcendência e contactado com familiares falecidos.

Não obstante a pesquisa extensiva relacionada com esta matéria, nenhuma explicação cabal, quer do foro neurológico quer do foro biológico, foi encontrada até aos dias de hoje.

5. Como justificar o Efeito Placebo?


O fenómeno a partir do qual um tratamento inerte ou errado consegue melhorar, significativamente, a condição de saúde de um paciente, em função de impulsos motivacionais e psicológicos, tem atordoado muitos médicos nas últimas décadas.

Um registo de procedimentos clínicos tem inclusivamente demonstrado que, nos últimos 25 ano, o efeito dos placebos tem aumentado exponencialmente. Como será possível? Como será possível que o recurso a tratamentos inertes faça o paciente melhorar, simplesmente por reforçar a crença destes na sua recuperação e saúde? 

Várias experiências têm sido executadas com vista a aferir o poder da mente no estado de saúde. Uma conclusão significativa: alguns pacientes são mais suscetíveis ao Efeito Placebo do que outros.

No entanto, nunca nenhuma explicação viável e justificativa foi encontrada.

Obrigado pela atenção,

Miguel Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário