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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Morreu o cientista da mais longa experiência do mundo


Morreu o cientista da mais longa experiência do mundo

Fotografia © Universidade de Queensland
Durante 52 anos, John Mainstone deu continuidade a uma experiência laboratorial que já vinha de 1927. O professor morreu na sexta-feira, mas já tem sucessor.
John Mainstone morreu durante o sono, de ataque cardíaco, aos 78 anos. Estava no hospital, acompanhado de uma das filhas e de dois cardiologistas que ensinara. Para a história fica como o investigador que, durante 52 anos, teve a responsabilidade de acompanhar uma experiência laboratorial começada em 1927 por Thomas Parnell, na universidade de Queensland, na Austrália.
Esta investigação tem por objetivo demonstrar que algumas substâncias que aparentam ser sólidas são, de facto, líquidas, por intermédio de um instrumento que não é mais do que um micro-funil de vidro.
Desde o início do projeto, em que foi usada uma substância da família do alcatrão, usada em barcos, pingaram oito gotas.
A experiência valeu a John Mainstone e a Thomas Parnell o Ig Nobel (uma paródia ao prémio Nobel) da Física em 2005 e a presença no livro dos Recordes do Guinness.
Tal como o projeto continuou após a morte de Thomas Parnell, em 1948, também com a morte de Mainstone está já assegurada a sua continuidade. Além das três câmaras de vigilância que permitem observar em direto se há algum pingo a cair (o que nunca aconteceu, nem ao vivo nem através das câmaras), já foi nomeado um sucessor: Andrew White. Talvez este investigador tenha mais sorte e consiga ver uma gota.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Galo "astronauta" de Barcelos visita cidade natal


O galo de Barcelos que foi ao espaço e que agora "mora" na Galiza, onde aterrou, vai visitar no sábado a sua "cidade natal", pela mão do cidadão que o encontrou no seu quintal, informou hoje o responsável pela iniciativa.

Segundo Marco Neiva, a visita acontecerá a pedido "de muitas famílias" e terá lugar em pleno recinto da Mostra de Artesanato de Barcelos, onde pontificam os galos de Barcelos.
Na mostra, podem já ser vistas as mensagens que os artesãos do concelho escreveram expressamente para o "galo astronauta" levar "na bagagem" para a sua subida até mais de 33 mil metros de altitude. Uma aventura que teve lugar a 27 de julho, com partida de Barcelos, num balão movido a hélio e que, além do galo, levou vários sistemas de localização e duas câmaras, que captaram imagens ao longo de todo o voo.
À partida, o balão tinha cerca de dois metros, mas foi aumentando de volume à medida que ia subindo, tendo rebentado quando atingiu 33.252 metros de altitude.
Acabando por cair, uma hora e 45 minutos depois de ter sido lançado, num quintal em Melon, na Galiza, Espanha, a cerca de seis quilómetros do local inicialmente calculado.
Os responsáveis pela iniciativa já se tinham, entretanto, posto a caminho, acabando por localizar o dono do quintal.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Portuguesa desenvolve condensador "vital" para carros elétricos


Portuguesa desenvolve condensador "vital" para carros elétricos

A popularização dos carros elétricos pode estar mais perto graças a um condensador que suporta temperaturas mais elevadas, desenvolvido por uma equipa liderada pela cientista portuguesa Tatiana Correia, no Laboratório Nacional de Física britânico.
A cientista reivindica que este novo equipamento, cuja patente já foi registada e que pode ser usada para fins industriais, vem ultrapassar uma das dificuldades técnicas que até agora estava a travar a indústria automóvel.
"Com este condensador de alta temperaturas, acreditamos ter resolvido um problema importante e que desempenhará um papel vital no progresso para a massificação do mercado dos carros elétricos", afirmou.
Os condensadores são essenciais para o armazenamento de energia e para a conversão da corrente contínua, gerada pela bateria em corrente alternada, necessária para fazer o motor funcionar.
Os existentes não são adequados para os carros elétricos, porque não suportam bem as temperaturas elevadas geradas no processo, como refere o Laboratório Nacional de Física britânico (NPL, na sigla inglesa).
O condensador desenvolvido na instituição, com material cerâmico, aguenta mais de 200 graus centígrados, muito acima dos 125 graus dos concorrentes, como destaca o documento do NPL.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Há 9 mil anos havia homens a viver junto ao Tamisa


Trabalhos arqueológicos no cemitério de Bedlam

Trabalhos arqueológicos no cemitério de BedlamFotografia © Direitos reservados - Crossrail

Arqueólogos descobriram provas de que os humanos viveram perto do rio Tamisa, em Inglaterra, há cerca de 9 mil anos.

A descoberta foi feita durante a escavação do túnel para o novo comboio de Londres, o Crossrail. Estas escavações estão a ser acompanhadas por uma equipa de arqueólogos que aproveita para investigar o subsolo da cidade e está a trabalhar em mais de 40 sítios arqueológicos da capital inglesa.
Os arqueólogos acreditam que os habitantes pré-históricos de Londres usavam aquele local para extrair e preparar as pedras do rio de modos a produzir instrumentos. Foram encontrados ali cerca de 150 peças em sílex.
Segundo o arqueólogo Jay Carver, citado pela BBC, "esta é uma descoberta única e fascinante pois demonstra que o homem voltou a Inglaterra, em particular ao vale do Tamisa, após uma longa ausência durante a Idade do Gelo". "A concentração de peças em sílex mostra que este era um local privilegiado para arranjar matéria prima para os instrumentos."
Também foram encontrados em Liverpool Street uma estrada romana, em muito bom estado, e uma peça em ouro, datada do século XVI, o que muito surpreendeu os cientistas. Os arqueólogos acreditam que esta peça, semelhante a uma moeda, era usada como um pendente.
No próximo ano, os arqueólogos planeiam escavar 3 mil esqueletos de Bedlam, de um cemitério do século XVII perto de Liverpool Street.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mona Lisa mais pequena que a espessura de um cabelo



Mona Lisa mais pequena que a espessura de um cabelo
O Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, levou a cabo uma pesquisa liderada por Jennifer Curtir que conseguiu desenhar 'La Gioconda' com 30 micras de largura através de um microscópio de força atómica.
Cientistas do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, conseguiram 'pintar' o famoso quadro de Leonardo Da Vinci "Mona Lisa", numa área com 30 micras de largura, ou seja, num espaço equivalente a um terço da espessura de um cabelo. A micra é uma unidade de comprimento correspondente a milésima parte do milímetro.
A equipa que criou assim o chamado "Mini Lisa" usou uma técnica que pode ser usada no fabrico de dispositivos. A imagem foi projetada com um microscópio de força atómica num processo de nanolitografía termoquímica.
Pixel a pixel, a equipa apenas com a variação de calor cria em moléculas tons mais claros e mais escuros de cinzento. Cada pixel é separado por 125 nanómetros, (unidade de medida de comprimento do Sistema Internacional equivalente a 10 elevado a -9 de um metro).

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Hambúrguer de laboratório enfrenta teste de sabor

Hambúrguer de laboratório enfrenta teste de sabor

Fotografia © DR
O professor holandês Mark Post, da Universidade de Maastricht, na Holanda, apresentou o primeiro hambúrguer criado a partir de células estaminais de vaca. Demorou três meses a crescer numa placa de petri e custou 250 mil euros.
O hambúrguer de 142 gramas foi cozinhado diante dos jornalistas num restaurante na capital britânica, pelo chef Richard McGeown, antes de ser provado por dois voluntários. O projeto foi financiado pelo co-fundador do Google, Sergey Brin.
O objetivo da carne artificial, que Post acredita possa ser uma realidade nas prateleiras dos supermercados dentro de dez a 20 anos, é cortar nos milhões de toneladas de gases de efeito de estufa que são libertados anualmente pelo gado. E assim ajudar a combater o aquecimento global. Esta carne artificial pode ainda ser aceite pelos vegetarianos, já que diminuiria dramaticamente a necessidade de matar os animais, escreve a Sky News.
"Para poder ter sucesso, tem que ser igual, ter a mesma textura, e, esperamos, o mesmo sabor, que um verdadeiro hambúrguer", escreve Post num comunicado, divulgado na sexta-feira. Este hambúrguer inclui cerca de 20 mil fios de proteína criados em laboratório, assim como ingredientes mais tradicionais, como sal, pão ralado e ovo. Contem ainda sumo de beterraba e açafrão, mas dar cor.
A experiência foi seguida no site assim como no Twitter.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a produção anual de carne deverá crescer para 376 milhões de tonelada métricas até 2030, das 218 milhões de toneladas métrias em 1997-1999.

sábado, 3 de agosto de 2013

Plantar o deserto para diminuir o dióxido de carbono


Um hectar plantado com plantas Jatropha pode capturar até 25 toneladas de dióxido de carbono por ano, durante 20 anos, segundo um estudo científico hoje revelado.

Um grupo de cientistas alemães desenvolveu um projecto para capturar dióxido de carbono de forma natural, através da plantação de árvores "Jatropha curcas" em zonas áridas. Um projeto que recebeu o nome de "agricultura de carbono" (em inglês 'carbon framing').
O método para a captura de dióxido de carbono de forma sustentável foi liderado por Klaus Becker da Universidade de Hohenheim em Stuttgart. Segundo o próprio, "'Carbon farming' atua sobre a origem do problema: a emissão de dióxido de carbono pela actividade humana." O estudo foi publicado no jornal científico Earth System Dynamics da União Europeia de Geociências.
A planta mais adequada para a captura de CO2 é "Jatropha curcas" uma oleaginosa originária do México e da América Central, mas que cresce na maioria dos países tropicais. Devido a à sua resistência é ideal para a plantação nas zonas secas e quentes.
Segundo o estudo uma plantação que ocupe 3% do deserto árabe pode, por exemplo, absorver em um par de décadas todo o dióxido de carbono produzido durante o mesmo período de tempo pelos veículos na Alemanha.

Galo de Barcelos foi ao espaço


No dia 27 de julho, Marco Neiva lançou um galo de Barcelos para o espaço. A subida chegou aos 33 mil metros.

Graças ao sistema de geolocalização, o galo de barcelos foi recuperado na zona de Melón, na Galiza. Tinha sido encontrado por um agricultor local.
O projeto, da autoria de Marco Neiva, contou com o suporte técnico do Projeto Balua e o apoio da Associação de Artesãos "O Galo".

Vídeo jogo ajuda Edward Snowden a escapar à CIA


Vídeo jogo ajuda Edward Snowden a escapar à CIA

O vídeo jogo "Snowden 3D Run" foi desenvolvido por Michele Rocco e pretende ajudar Snowden a fugir dos espiões da CIA.
O ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos tem despertado a simpatia de muitos. Os protestos de solidariedade surgem das mais variadas formas, a mais recente foi a criação de um jogo que pretende ajudar o ex-informático a fugir dos espiões da CIA.
O jogo foi desenvolvido, em apenas 30 horas, pelo belga Michele Rocco, tem uma mecânica simples e recria o conhecido vídeo-jogo "Temple Run.
O jogo é gratuito e está disponível quer para telemóveis com o sistema operativo Android OS, quer para computadores, e em breve chegará aos dispositivos fabricados pela Apple.
Apesar de o jogo conter erros, devido ao seu precipitado desenvolvimento, "Snowden Run 3D" segundo o jornal espanhol online ABC garante diversão enquanto une os jogadores numa onda de solidariedade para com Snowden.
Veja no seguinte link:

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vulcão russo lança cinza a 6.000 metros de altitude



O vulcão Shiveluch, na península de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia, lançou hoje uma coluna de cinza a seis mil metros de altitude, informou o Serviço Geofísico da Academia de Ciências russa citado pela agência Interfax.

Os especialistas do Serviço Geofísico atribuíram ao vulcão o alerta "laranja", que indica a existência de um risco elevado para a aviação.
A localidade mais próxima do vulcão é Kliuchí, com cerca de 5.000 habitantes, que fica a cerca de 47 quilómetros, mas as autoridades locais indicaram que a atividade vulcânica registada hoje não representa perigo para estas pessoas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Vulcão do Equador em atividade com forte explosão




Vulcão Tungurahua
Vulcão Tungurahua

O vulcão Tungurahua, localizado no centro da cordilheira dos Andes, no Equador, voltou hoje a entrar em atividade, com uma forte explosão, e os peritos não descartam outros episódios.

Segundo o Instituto Geofísico do Equador, que tem um observatório perto do vulcão, a explosão lançou no ar uma coluna de gases, cinza e cascalho vulcânico com dois quilómetros de altura, acima do nível da cratera.
Após a erupção, que foi acompanhada por um forte tremor, a atividade baixou de forma considerável, mas tal significa que o vulcão acumulará energia nas próximas horas, aumentando as hipóteses de outros episódios eruptivos.
O vulcão, com mais de cinco mil metros de altura, começou o atual processo eruptivo em 1999 e, desde então, tem intercalado períodos de grande atividade com momentos de relativa calma.
Situado a 80 quilómetros a sul de Quito, a capital, o Tungurahua é um dos mais de 50 vulcões existentes no Equador.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mulher morreu eletrocutada enquanto falava com iPhone


Mulher morreu eletrocutada enquanto falava com iPhone 5

Fotografia © DR
A Apple está a investigar a notícia que diz que uma mulher morreu eletrocutada enquanto fazia uma chamada com um iPhone 5, ao mesmo tempo que este carregava.

sábado, 13 de julho de 2013

Novo método para detectar tsunami




Novo método para detectar tsunamis
Cientistas chineses sustentam que os tsunamis podem ser detectados através de satélites e em tempo real.
De acordo com Benlong Wang y Hua Liu, da Universidade de Jiao Tong de Xangai, as anomalias provocadas pelos tsunamis na magnetosfera podem ser descobertas via satélite e em tempo real. Com o objectivo de encontrar um método que sirva como um sistema de alerta precoce de maremotos, a equipa criou um modelo virtual que simula o efeito que os tsunamis causam no campo magnético natural da Terra.
Segundo Wang, que publicou o seu estudo em "Proceeding of the Royal Society", o método que permite calcular instantaneamente o tsunami, poderá introduzir uma melhoria notável nos sistemas de alerta precoce, na medida em que, atualmente os métodos disponíveis demoram seis minutos a processar os dados e não permitem monitorizar continuamente a onda no mar.
As ondas pela sua amplitude e rápidos movimentos provocam deslocamentos de grandes quantidades de água. Quando um corpo de água salgada se move no campo magnético da Terra, a sua natureza condutora induz uma pequena anomalia, que, segundo os investigadores, pode ser captada por um sensor magnético introduzido num satélite ou numa aeronave não tripulada, em ambos os casos, os aparelhos têm que se aproximar do mar o suficiente para detetar o sinal magnético da onda.
Esta equipa garante que foi capaz de detetar anomalias magnéticas que podiam causar catástrofes e, inclusive calcular a dimensão da onda do tsunami. Para testar este método, os investigadores compararam as suas previsões com os dados dos tsunamis de Sumatra (2000) e Chile (2010).
O método proposto por Wang e Liu já recebeu críticas, Manoj Nair, geólogo da Universidade do Colorado afirmou que os sinais magnéticos dos tsunamis dificultam a sua previsibilidade e, com isto, a eficácia do método.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Milhares de espécies vivem no mais extremo dos ambiente


Milhares de espécies vivem no mais extremo dos ambientes

Uma variedade incrível de bactérias e outros organismos sobrevivem e reproduzem-se no lago de Vostok, na Antártida, o mais extremo dos ambientes, numa completa escuridão e frio intenso.
Devido às extremas condições meteorológicas, cientistas e investigadores acreditavam que nada poderia ter vida no lago de Vostok. No entanto, descobriu-se neste lago profundo, frio e escuro uma surpreende variedade de formas de vida. A investigação, publicada na revista científica PLOS ONE, revela mais de 3500 espécies identificas através da análise genética.
"Os limites do que é habitável e não é, estão a mudar", afirma o responsável pelo estudo Scott Rogers da Bowling Green State University.
O lago de Vostok é o quarto lago mais profundo da Terra e o maior do mais 400 lagos subglaciais conhecidos na Antártida. O gelo que cobriu o lago durante os últimos 15 milhões de anos apresenta mais de três quilómetros de profundidade, o que cria uma enorme pressão. Há poucos nutrientes disponíveis e o tempo é tão duro e imprevisível que os cientistas para o visitar tem que ter equipamento especial e fazer treinos de sobrevivência antes.
Com estas condições, a maioria dos cientistas acreditava que Vostok fosse estéril. Contudo, a equipa responsável pelo estudo, ao trabalhar em secções retiradas do gelo profundo, identificou milhares de bactérias, algumas encontram-se no sistema digestivo de peixes, crustáceos e vermes anelídeos. Identificou-se também fungos e duas espécies de archaeas, organismos unicelulares que tendem a viver em ambientes extremos. As outras espécies identificadas estão relacionadas com os habitats dos sedimentos do lago ou oceano.
Encontraram-se psicrófilos, organismos que vivem no frio extremo, juntos com termófilos, organismos que podem suportar condições extremas de temperatura, o que sugere a presença de fontes hidrotermais no fundo do lago. De acordo com Rogers, a presença das espécies marinhas de água doce aponta para a hipótese de que o lado teve outrora conectado com o oceano, e que a água doce foi depositada no lago por um glaciar principal.

domingo, 7 de julho de 2013

Foguete russo com três satélites explodiu no lançamento


Foguete russo com três satélites explodiu no lançamento

O foguete russo Proton-M carregando três satélites para o sistema de navegação Glonass explodiu no lançamento no centro espacial russo de Baikonur
O foguetão russo Proton-M, que transportava três satélites para o sistema de navegação russo Glonass, explodiu hoje logo após o seu lançamento do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, libertando para a atmosfera uma nuvem de combustível extremamente tóxica.
VEJA O VÍDEO:
O foguetão Proton, cujo lançamento foi transmitido em direto pela Agência Espacial da Rússia (Roskosmos) e pela cadeia de televisão pública Rússia 24, mudou de trajetória 16 segundos após a descolagem às 02:38 horas TMG (03:38 em Lisboa), porque "os seus motores deixaram de funcionar", segundo um comunicado da Roskosmos.
O foguetão quase explodiu a seguir, caindo a cerca de 2,5 quilómetros do local de lançamento, segundo a mesma fonte.
Segundo uma fonte em Baikonur, citada pela agência Interfax, formou-se uma cratera de 150 a 200 metros em volta do local da queda do foguetão.
"Parece que este lançamento se vai saldar por uma catástrofe", comentou o apresentador da Rússia 24, pouco antes do foguetão explodir.
"Segundo as primeiras informações, o acidente não provocou vítimas, nem estragos", sublinha a Roskosmos.
Mas o acidente provocou uma "fuga de combustível" do foguetão, indicou a Agência Espacial Cazaque (Kazkosmos).
O lançador transportava cerca de 600 toneladas de heptilo, de amilo e de querosene, segundo o dirigente da Kazkosmos, Talgat Mussabaiev.
Responsáveis cazaques indicaram que os fumos podiam representar um perigo para a população local.
Habitantes de numerosas cidades nos arredores do cosmódromo receberam instruções para ficarem em casa e não abrirem janelas.
O diretor do Centro Khrunitchev, que concebe os foguetões Proton, minimizou os riscos de poluição tóxica provocados por este acidente.
"Chovia no momento da explosão. Isso reduziu consideravelmente a zona de poluição. Atualmente, a nuvem está praticamente dispersa", declarou Alexandre Seliverstov, que assistiu ao lançamento em Baikanor, citado pela Ria-Novosti.
Uma comissão espacial, com o dirigente da Roskosmos, Alexandre Lopatine, à cabeça, foi criada para investigar a catástrofe.
O porta-voz do Kremlin indicou que o Presidente, Vladimir Putin, foi informado do acidente, mas que ainda era cedo para tirar conclusões.
Nos últimos anos, a Rússia conheceu uma série de fracassos nos lançamentos dos seus satélites ou de veículos de carga para a Estação Espacial Internacional.
Em dezembro de 2010, três satélites Glonass, lançados a partir de um foguetão Proton, caíram no Oceano Pacífico depois de falhar a entrada em órbita devido a uma sobrecarga de carburante no lançador.
O sistema Glonass foi concebido pela Rússia para competir com o sistema de navegação americano GPS e o futuro sistema europeu Galileu.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Inventor do "rato" morre aos 88 anos


O engenheiro e pioneiro da informática Douglas Engelbart, inventor do "rato", morreu ontem à tarde, aos 88 anos, segundo fonte do Instituto batizado com o seu nome.

O cientista morreu na sua casa de Atherton, no coração de Silicon Valley, no estado norte-americano da Califónia, acrescentou a mesma fonte.
Nascido no Oregon, Doug Engelbart instalou-se na Califórnia para se tornar investigador no Stanford Research Institute, após se ter formado em engenharia eletrónica e informática nos anos 50, quando um único computador ainda ocupava uma divisão.
O trabalho do engenheiro e da sua equipa ajudou a lançar as bases sobre os quais se ergueu a informática moderna.
As suas pesquisas incidiram sobre a videoconferência, a teleconferência, o correio eletrónico, as "janelas" e as ligações de hipertexto, mas ficou sobretudo conhecido por ter inventado o "rato".
A patente do "rato, que se apresentava inicialmente como uma caixa em madeira com duas rodas de metal, foi pedida em 1967 e concedida em 1970.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Primeira década do século XXI foi a mais quente de sempre


Primeira década do século foi a mais quente de sempre

A primeira década do século XXI foi marcada pela aceleração do aquecimento climático e a multiplicação de condições climatéricas extremas que causaram mais de 370 mil mortos, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial. Neste se sublinha que o período em causa foi o mais quente de sempre, desde que se procede a registo de temperaturas.


A primeira década deste século foi a mais quente desde que há registos, com condições meteorológicas extremas que provocaram a morte a mais de 370 mil pessoas, afirmou hoje a agência das Nações Unidas para o clima.
Entre 2001 e 2010, ambos os hemisférios registaram as temperaturas mais quentes desde que começaram a ser registadas, em 1850, e esta década foi também a segunda mais húmida desde 1901, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial.
"O aquecimento global acelerou entre 1971 e 2010 e o ritmo de aumento entre 1991-2000 e 2001-2010 foi sem precedentes", afirmou em comunicado o diretor da organização, Michel Jarraud.
O responsável atribuiu estes valores às concentrações de gases que provocam o efeito de estufa e afirmou que estão a mudar o clima mundial, com consequências para o ambiente e os oceanos, "que estão a absorver quer dióxido de carbono quer calor".
As inundações foram o fenómeno meteorológico extremo mais comum durante a década, tal como as registadas no Paquistão em 2010, que mataram duas mil pessoas e afetaram 20 milhões.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Descoberta fratura tectónica ao largo da costa

Descoberta fratura tectónica ao largo da costa
Fratura descoberta no fundo oceânico mostra que a zona de fronteira entre o oceano e o continente está a ficar activa.
Até agora era uma suspeita de geólogos portugueses, mas um grupo internacional de investigadores, cujo principal autor foi justamente um português, João Duarte, nesta altura a trabalhar na universidade australiana de Monash, acaba de observar os primeiros sinais de que uma zona de subducção está a formar-se ao largo da costa ocidental de Portugal. No final de contas, essa poderá ser a explicação para a particular violência do sismo que em 1755 arrasou Lisboa.
De forma simples, o que parece estar a acontecer é que, no fundo do Atlântico, ao largo da costa portuguesa, o ponto de contacto (que os geólogos designam como margem), entre o oceano e o continente está a tornar-se activo. E isso significa que está ali a iniciar-se uma nova zona de subdução, em que que a litosfera oceânica mergulha sob a litosfera continental - a litosfera é constituída pela crosta terrestre e a parte superficial do manto terrestre.
Para chegar a esta conclusão, a equipa, que incluiu os portugueses Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa, além de investigadores franceses e australianos, fez mapeamento do fundo oceânico naquela zona. E o que verificou foi que uma fractura está ali em formação. O estudo foi publicado este mês na revista Geology.
"O que detetámos foi o início de uma margem ativa que parece ser uma zona de subducção embrionária", afirmou João Duarte, citado num comunicado da Universidade de Monash.
A ideia de que uma zona de subdução poderia estar a nascer ao largo da costa ocidental da Península Ibérica foi publicada pela primeira vez em 1986 pelos geólogos portugueses António Ribeiro e João Cabral. Para ambos essa era a explicação lógica para a ocorrência de um sismo tão violento como o de 1755 nesta região.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Google tem plano secreto de enviar balões para o espaço


Google tem plano secreto de enviar balões para o espaço


A Google revelou hoje que quer enviar balões para o espaço, com o objetivo ambicioso de levar Internet aos dois terços da população mundial que não têm acesso à web.


Cientistas do gigante tecnológico lançaram 30 balões cheios de hélio, voando 20 quilómetros acima de Christchurch, na Nova Zelândia, e levando antenas ligadas a estações em terra, afirma a empresa em comunicado.

Ainda na sua fase inicial, o "Projeto Loon" espera poder vir a lançar milhares de balões, para fornecer Internet a partes remotas do mundo, permitindo que mais de quatro mil milhões de pessoas sem acesso fiquem on-line.
"Balões, transportados pelo vento até altitudes duas vezes superiores às atingidas por aviões comerciais, podem levar a Internet até ao solo, a velocidades semelhantes ou superiores às das atuais redes 3G ou mais rápida", disse a Google em comunicado.

Embora reconhecendo que ainda "é muito cedo", a Google considera possível que "um anel de balões, voando ao redor do mundo em ventos estratosféricos, possa ser uma maneira de fornecer acesso à Internet em zonas rurais, remotas e carentes, ou ajudar após desastres, quando as infraestruturas de comunicação existentes são afetadas".
O sistema funciona por estações terrestres ligadas a infraestruturas da internet local e emitindo sinais para os balões, que são autoalimentados por painéis solares.

domingo, 9 de junho de 2013

Pistas "check-up" portuguesas fazem sucesso internacional


Projeto que consiste em equipar pistas ou circuitos pedestres com equipamentos simples de rastreio médico para que os cidadãos possam despistar, por si mesmos, possíveis doenças está a fazer sucesso a nível mundial com encomendas para a Bélgica, Angola, Emirados Árabes Unidos, Caraíbas e América Latina.

Este projeto inovador, com o mote "Avalia-te a ti mesmo", consiste no aproveitamento de estruturas já existentes, como circuitos urbanos e pistas pedonais, nas quais se instalam equipamentos médicos que permitem fazer um auto-rastreio, de forma gratuita. De origem 100% portuguesa, as pistas medicalizadas não pretendem substituir uma consulta medica, mas antes alertar os utilizadores a procurarem um especialista caso encontrem quaisquer anomalias durante o autorrastreio.
As pistas "check-up" têm numa zona interior com equipamentos para um autoexame através do qual, com simples testes, o utente fica a saber se há necessidade ou não de consultar o medico. Os equipamentos permitem, entre outras coisas, medir a pressão arterial ou perímetro abdominal.
Na zona exterior existem vários painéis informativos que mostram qual a forma correta de realizar exercícios físicos e que contêm indicadores simples que permitem aos utilizadores regularem o seu estado de saúde e prevenirem certos hábitos e comportamentos de risco.
Além disso, caso haja uma emergência médica todas estas pistas estão equipadas com um desfibrilhador.
O conceito, que ganhou uma menção honrosa na Bienal de Design Ibero-Americano, em Madrid, foi já apresentado à Organização Mundial de Saúde que, segundo António Lúcio Baptista, medico cirurgião e CEO da Ibéria Advanced Health Care (empresa que desenvolveu este projeto), ficou entusiasmada. Estão agora a ser desenvolvidos estudos no âmbito do risco cardiovascular e da saúde mental, que posteriormente também serão apresentados à mesma entidade.