A publicação de hoje como já havia referido ontem vai focar-se na comparação dos vários tipos de coronavírus registados e estudados no nosso planeta, focar-me-ei nas características de cada um e numa visão geral do número de infetados e de óbitos.
Até aos dias de hoje foram 7 as estirpes de coronavírus que afetaram os seres humanos.
Quatro delas causam aos humanos constipações comuns e doenças respiratórias leves, estas que podem ser combatidas pelo nosso sistema imunitário, desde que seja forte e saudável, sem qualquer prejuízo para o infetado.
Estas 4 estirpes que são:
1. HCov-229E, esta descoberta em 1960 e que divergiu do coronavírus de um alpaca;
2. HCoV-OC43, descoberta em 2004 e que divergiu do coronavírus bovino em 1890;
3. HCoV-NL63, descoberta também em 2004 e que se separou do coronavírus do morcego há cerca de 882 anos atrás;
4. HCoV-HKU1, descoberta em 2005 e que divergiu do coronavírus do morcego.
As restantes 3 foram mais severas, o SARS, o MERS e o COVID-19.
Árvore Genealógica dos coronavírus Fonte: Infografia acerca do COVID-19, RTP |
SARS
Começando a nossa descrição com o SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome), este é originário de gatos almiscarados ou como preferirem das algárias, uma espécie de gato selvagem originário de África. Estes eram vendidos em mercados de animais vivos e terão sido infetados com o coronavírus do morcego (portador comum deste tipo de vírus) antes de terem sido comercializados.
A sua forma de transmissão é idêntica ao COVID-19, sendo característica de todas as estirpes da família do coronavírus, pessoa a pessoa pela transmissão de gotículas de espirros ou tosse.
Foi incialmente detetado na província de Guangdong na China em novembro de 2002 e espalhou-se para mais de 30 países. Os dados mais recentes calculam 8.098 mil casos em todo o mundo com 774 óbitos registados, ou seja, estamos a falar de 9.6% de mortalidade. Esta que varia de acordo com a idade (menor que 1% em pessoas com menos de 24 anos e maior que 50% em indivíduos com mais de 65 anos).
De notar que foi a primeira vez na história que o centro norte americano para a Deteção e Controlo de Doenças Infecciosas desaconselhou a deslocação para uma determinada região. Devido as medidas de prevenção e controlo rápidas e de forma rígida o surto acabou de ser controlado nesse mesmo ano.
Ainda que não tenha sido registado qualquer novo caso deste tipo de coronavírus desde 2004, a SARS não está de qualquer forma extinta podendo reaparecer.
MERS
A transmissão para os humanos ocorreu através dos camelos, estes que foram infetados pelo coronavírus dos morcegos. Neste vírus a infeção de pessoa a pessoa é mais complicada do que no SARS e COVID-19, na medida em que a maioria dos casos reportados foram de transmissão em meios hospitalares.
Com o MERS foram infetadas cerca de 2.484 pessoas, sendo que 858 faleceram (taxa de letalidade de 34.4%). Sendo este o coronavírus mais mortal em % de óbitos (futuramente farei um artigo a explicar o porquê disto acontecer).
A transmissão é mais uma vez idêntica aos outros tipos do coronavírus, gotículas através de tosse e/ou espirros.
Quanto ao tratamento, este é unicamente de suporte, isto é, para prevenir a propagação de casos de infetados, dado que não está disponível qualquer vacina.
COVID-19
A forma mais recente de coronavírus. Os primeiros casos confirmados foram derivados do centro da epidemia, o mercado de animais vivos de Wuhan na China em dezembro de 2019 e desde então tem evoluído para números pandémicos.
Até ao dia de hoje, ás 15h, há conta de 462.250 mil casos ativos de COVID-19 sendo que existem 22.180 mil mortes a registar.
Esta estirpe é diferente das demais, na medida em que apesar de não ser tão letal em % de números de infetados e óbitos é de uma transmissibilidade enorme. É semelhante ao vírus da influenza (gripe comum).
No entanto, ao contrário da gripe, mais uma vez, refiro no que toca ao COVID-19 não existe qualquer vacina associada, sendo que está em fase de testes, estes que ainda se vão prolongar durante algum tempo.
O que se conclui?
Conclui-se ssim que estes vírus podem aparecer a qualquer momento e causar grandes estragos no mundo como o vivemos, como estamos neste momentos a viver com o COVID-19, logo, é de extrema urgência o desenvolvimento de uma vacina para este novo coronavírus.
É tudo por hoje, as principais características de cada estirpe letal do coronavírus, amanhã trarei a comparação das estatísticas mais ao detalhe de cada uma.
Fiquem seguros
Obrigado e até breve,
Daniel Branco
Sem comentários:
Enviar um comentário