O blog Fenómenos Científicos e o Nosso Planeta foi criado em Novembro de 2011, tendo como missão dar a conhecer factos de interesse geral no âmbito da Ciência/Tecnologia e o Meio Ambiente.
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domingo, 6 de julho de 2014
Cientistas descobrem planeta parecido com a Terra e com 'dois sóis'
Pesquisadores descobriram um planeta a 3 mil anos-luz da Terra que orbita apenas uma estrela de uma dupla de estrelas que compõem um sistema binário. O fenómeno foi visto com surpresa pelos cientistas.
Até hoje, a maioria dos exoplanetas (planetas fora do nosos Sistema Solar) já descobertos orbitam estrelas solitárias. E, quando orbitam sistemas binários, é mais comum que eles orbitem as duas estrelas, e não uma só.
O planeta recém-descoberto fica a uma distância de sua estrela quase igual à distância entre a Terra e o Sol. Mas, como sua estrela tem menos brilho, a temperatura lá é bem mais fria do que a da Terra.
A descoberta, feita por quatro equipas internacionais de pesquisa lideradas pela Universidade do Estado de Ohio, foi publicada esta semana na revista "Science". Segundo os pesquisadores, o estudo fornece uma evidência de que planetas terrestres (rochosos) podem formar órbitas similares às da Terra mesmo em sistemas binários.
"Isso expande as potenciais localizações para descobrir planetas habitáveis no futuro", diz Scott Gaudi, professor de astronomia na Universidade do Estado de Ohio. "Metade das estrelas na galáxia estão em sistemas binários. Não tínhamos ideia de que planetas similares à Terra, com órbitas similares à da Terra poderiam se formar nessses sistemas."
Apesar de este planeta ser frio demais para ser capaz de abrigar vida, caso sua estrela fosse similar ao Sol, também dentro de um sistema binário, ele poderia estar na "zona habitável".
sexta-feira, 25 de abril de 2014
MESSENGER completa 3000.ª órbita de Mercúrio e aproxima-se mais do planeta
No dia 20 de Abril, a sonda MESSENGER completou a sua 3000.ª órbita de Mercúrio e está agora mais perto do planeta do que qualquer outra sonda, descendo até uma altitude de 199 km acima da superfície do planeta.
A MESSENGER tem completado três órbitas [em torno de Mercúrio] por dia desde Abril de 2012, quando duas manobras de correção orbitais reduziram o seu período orbital de 12 para 8 horas. A órbita mais curta permitiu à equipe científica explorar novas questões sobre a composição de Mercúrio, evolução geológica e ambiente, levantadas por descobertas feitas durante o primeiro ano de operações orbitais.
Carolyn Ernst, do mesmo laboratório, que lida com o instrumento MLA (Mercury Laser Altimeter), disse que a mudança de uma órbita de 12 horas para uma órbita de 8 horas deu à sua equipe 50% mais dados de altimetria. "Quantos mais dados adquirirmos, melhor conseguimos resolver a topografia do planeta," comenta. "A órbita de 8 horas também nos permite obter mais medições da refletividade, que têm fornecido pistas importantes para a caracterização em radar de brilhantes depósitos nas latitudes altas do norte."
David Lawrence, cientista que participa na missão MESSENGER, disse que está animado com o que as órbitas de baixa-altitude vão revelar sobre a composição da superfície de Mercúrio. "Até hoje, as nossas medições da composição com dados raios-X e raios-gama resolveram apenas áreas muito grandes da superfície de Mercúrio. A altitudes de 100 km ou menos, a MESSENGER nos permitirá identificar as assinaturas composicionais de características geológicas específicas, que por sua vez vão ajudar-nos compreender como é que a superfície se formou e mudou ao longo do tempo."
O ponto da órbita, mais próximo da superfície, continuará a diminuir até à primeira manobra de correção orbital, marcada para o dia 17 de Junho.
"O último ano das operações orbitais da MESSENGER será uma missão completamente nova," acrescenta Sean Solomon, pesquisador principal da sonda, do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Columbia. "Com cada órbita, as nossas imagens, as nossas medições da composição da superfície, e as nossas observações dos campos magnéticos e de gravidade do planeta serão de resolução cada vez maior. Seremos capazes de caracterizar pela primeira vez o ambiente de partículas perto da superfície de Mercúrio. Mercúrio tem teimosamente mantido bastantes segredos, mas muitos vão finalmente ser revelados."
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Nave espacial da Nasa colide contra a Lua em missão suicida proposital
Batida foi forçada após a nave transmitir dados sobre poeira e gases. Missão iria até 21 de abril, mas combustível acabou e colisão foi adiantada.
Desenho divulgado pela Nasa mostra a nave LADEE orbitando ao redor da lua. Ilustração: AP Photo/NASA, Dana Berry
Conhecida como LADEE, a nave voou a altitudes cada vez mais baixas para estudar como a poeira é levantada da superfície lunar e quais gases compõem a chamada exosfera lunar -- a região do espaço que rodeia a lua.
Oficiais da NASA planejavam a colisão da nave com a Lua após ela transmitir a última série de dados.
"O impacto nessas velocidades não é nada gentil", afirmou o cientista que liderou a missão, Rick Elphic, em um comunicado.
Sem combustível
Lançada no dia 6 de setembro de Wallops Island, no estado americano da Virginia, a LADEE ficou em órbita em torno da Lua em outubro. Em novembro, ela iniciou sua tarefa, que esperava-se que durasse cem dias.
Depois a missão foi estendida até o dia 21 de abril, mas a nave ficou sem combustível e caiu em algum lugar da lua na madrugada desta sexta-feira.
Controladores de voo vão tentar descobrir onde exatamente a LADEE caiu para obter imagens do local.
Além de entender melhor a lua, os cientistas planejam usar os dados coletados sobre a exosfera lunar para o recriar o ambiente de outros corpos sem ar, incluindo Plutão, que será visitado pela primeira vez por uma nave da Nasa no próximo ano.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Nasa resolve mistério de rocha em formato de 'donut' achada em Marte
A Nasa, (Agência Espacial americana) resolveu o mistério sobre uma curiosa rocha achada em Marte no final de janeiro, que parecia ter saído do nada e foi apelidada popularmente de "donut" por causa de sua aparência peculiar.
O que surpreendeu os cientistas não foi apenas o seu aspecto estranho, mas, sobretudo, porque não encontravam explicação para como ela tinha aparecido, já que a rocha é só vista na segunda de duas fotografias tiradas apenas com duas semanas de diferença pelo robô Curiosity sobre a mesma porção de superfície no planeta Marte. A Nasa pôs fim nesta sexta-feira ao mistério ao explicar que o enigmático "donut" não era mais que um fragmento que se soltou de uma rocha maior que tinha deslocado com suas rodas o próprio robô, um engenho espacial que inspeciona a superfície de Marte na busca de novas descobertas sobre este planeta desde o dia 6 de agosto de 2012.
"Uma vez que movimentamos o robô Opportunity, após inspecionar a rocha Pinnacle Island, pudemos ver diretamente de cima uma rocha que tinha a mesma aparência incomum e estranha. Nós passamos por cima com o robô. Pudemos ver as marcas. Daí é de onde veio Pinnacle Island", disse o membro do projeto Ray Arvidson, da Universidade de Washington em St. Louis.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Enigma astronómico de Galileu é decifrado depois de 400 anos
Quando observado a olho nu, Vénus aparenta ter uma “coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter.
O planeta Vénus está mais próximo da Terra do que Júpiter e brilha mais forte que o astro gasoso durante a noite. Entretanto, este fato, por si só, não explica todo o seu destaque no céu. Há uma razão perfeitamente plausível para entendermos como os olhos percebem a luz em comparação com a realidade óptica de um telescópio, de acordo com o jornal The Independent. Quando observado a olho nu, Vénus aparenta ter uma “coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter. O astrónomo italiano Galileu Galilei foi o primeiro a perceber que esta “coroa” estaria relacionada à percepção humana ou, como ele descreveu, um “impedimento dos olhos”, a qual seria eliminada pelos telescópios. Mas, para ele, este impedimento seria uma interferência no modo como as luzes das estrelas são processadas pelo olho humano.
Entretanto, cientistas agora mostram que este efeito é causado pela forma como células sensíveis à luz nos olhos respondem às imagens de intensidades diferentes em um cenário escuro. Vênus aparece maior porque sua imagem é exagerada pelo centro visual do cérebro. Assim, é criada uma “coroa radiante” mais resplandecente que de Júpiter, segundo o estudo publicado pela National Academy of Sciences.
Eles acreditam que o efeito influencia o modo como enxergamos porque a retina humana e o cérebro estão sintonizados para responder aos contrastes de objetos de luz contra um fundo escuro. “Galileu foi o primeiro a afirmar que nosso olho distorcia a realidade. Ele conseguia ver que Vênus parecia ser muito maior que Júpiter quando visto a olho nu – e que o oposto seria verdadeiro quando visto através de um telescópio”, disse Jose-Manuel Alonso, da New York College of Optometry.
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